O mercado de trabalho atual é composto por pessoas de diferentes idades. Quando falamos sobre a Geração Z, ainda existe uma série de dúvidas sobre como engajar e reter essa turma – que, até 2025, deverá representar 27% da força atuante no mercado.
Para algumas gerações (como a X e os millenials), por exemplo, o conceito de uma carreira “bem sucedida” está pautado em uma boa remuneração e em passar alguns bons anos em uma ou duas empresas. Já a Geração Z possui outras perspectivas de trabalho ideal, que vão muito além do salário, como flexibilidade, pacote de benefícios, potencial de desenvolvimento de novas habilidades e diversidade.
A Geração Z é a primeira geração que nasce completamente conectada e móvel. As consultorias McKinsey e Box1824, realizaram uma ampla pesquisa no Brasil com os jovens da Geração Z para entender o comportamento dessa faixa etária e, com isso, é possível perceber alguns padrões:
Assine nossa newsletter e fique atualizado sobre as principais notícias da experiência do cliente
- Pragmáticos: realistas, práticos e buscam satisfazer as necessidades financeiras de forma aliada ao enriquecimento pessoal;
- Indefinidos: quebram as necessidades de rótulos. Exaltam a individualidade e entendem a importância das diferenças;
- Comunicativos: o diálogo é a ferramenta e a rede é o espaço de debate;
- Exposições reais: esses jovens são mais autênticos e espontâneos, expõem suas fragilidades, intimidades, além de valorizarem mais a transparência;
- Inclusão: têm grande poder de mobilização e interesse pela diversidade;
- Meme Thinkers: linguagem conectada com o agora com múltiplas referências, além de gigantesco poder viral.
Esses padrões ajudam a compreender o que é mais valioso para essa geração e como replicar (ou não) essas questões dentro do ambiente corporativo. Um exemplo negativo fatídico é com relação às empresas que utilizam as pautas de diversidade de forma superficial e/ou como token. Para Geração Z, seria como romper alguns de seus pilares e valores como transparência e inclusão.
Um exemplo positivo é com relação à linguagem utilizada pelas organizações. Aquelas que mais se aproximam do dia a dia dos nativos digitais são amadas até mesmo por quem não trabalha dentro das empresas. Contudo, o sucesso não se afinca em somente um pilar; normalmente, as queridinhas do mercado de trabalho compilam além de uma boa comunicação dentro e fora das redes sociais, pacotes de benefícios, cuidados com saúde mental, políticas de trabalho flexíveis e salários competitivos.
Para além de estudar sobre essa geração, é necessário (e até mais fácil) ouvir esse grupo que já faz parte da sua empresa, com o objetivo de trazer melhorias para a cultura da organização e evoluir nas boas práticas de contratação e retenção desses talentos no futuro.
*Isabela Corrêa é CEO e cofundadora da B.Nous.
+ Notícias
Dia do Consumidor 2023: pesquisa traz boa expectativa para data
5 dicas para tornar a busca por conhecimento mais disruptiva