A geolocalização é uma grande oportunidade para as marcas que ainda estão com dificuldades de lidar com os micro-momentos, tendência entre os consumidores pós-smartphone. Lisa Gevelber, VP de Marketing do Google para as Américas explicou os motivos dos consumidores gostarem tanto que a sua marca saiba onde ele está.
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Em uma publicação no blog do Google, Gevelber diz que percebeu nas próprias férias a oportunidade para a ferramenta. “O que eu mais gosto de fazer quando visito uma nova cidade é descobrir os lugares favoritos dos moradores locais. Sabe como encontramos todos esses lugares? Com smartphone”, justificou.
A executiva foi buscar dentro dos dados da própria empresa informações para embasar seus insights durante as férias de verão com a família. E descobriu situações interessantes:
1. As pessoas querem informações locais, mesmo quando não pedem
Gevelber comparou as pesquisas feitas no buscador entre junho de 2015 e junho de 2017 e descobriu que em dois anos o número de buscas comparativas que ignoravam a expressão “near me” (próximo a mim, em inglês) cresceram 150% nos Estados Unidos.
“Não se engane, as pessoas ainda usam expressões como ‘near me’, quando querem descobrir lugares interessantes nas redondezas. Mas percebemos que as pessoas estão deixando de usar qualificadores de localização (como CEP, bairro e até mesmo a frase ‘perto daqui’) nas suas buscas locais, porque sabem que os resultados oferecidos serão relevantes para a região onde elas se encontram – graças a seus telefones”, disse ao confirmar que a tendência também é vista no Brasil.
2. O segredo é interpretar o contexto
Outra tendência observada pela executiva foi que mesmo oferecendo menos informações, as pessoas esperam ter os mesmos resultados que tinham quando digitavam uma frase inteira no buscador.
“Faz tempo que os profissionais de marketing se acostumaram a receber pedidos explícitos de seus clientes, mas agora eles precisam deduzir e interpretar os sinais enviados pelo público. E as marcas que se propuserem a ir além podem esperar bons resultados”, disse.
Os dados do Google comprovam isso. Segundo levantamento da companhia, quase dois terços dos usuários de smartphones estão mais inclinados a comprar empresas cujos sites mobile ou apps oferecem informações geolocalizadas. “Captar e utilizar toda informação contextual disponível será a chave para entender as pessoas e atender às suas expectativas”, conclui.