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Fraudes recuam no Brasil em 2016, enquanto média global sobe

Fraudes recuam no Brasil em 2016, enquanto média global sobe

Estudo mostra que a exposição à fraude nas empresas brasileiras cresceu, mas índice de vítimas caiu entre 2015 e 2016. Veja

Em 2016, o número de executivos que se dizem expostos a fraudes foi de 94%, considerando os entrevistados para o Relatório Global de Fraude & Risco da Kroll. Apesar disso, o número daqueles que afirmaram ser vítimas foi menor em relação a 2015 e atingiu 64% dos entrevistados, ante 73% verificados em 2015.
“Mesmo com uma trajetória de amadurecimento, ainda se atribui pouca importância ao compliance no país e, consequentemente, demora-se mais para identificar erros e fraudes do que em nações onde programas de conformidade são melhor estruturados”, afirmou, em notam Fernanda Barroso, diretora da operação brasileira da Kroll.
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O número registrado no Brasil é menor que a média global. Segundo a pesquisa, 82%  das empresas foram afetadas por fraudes em 2016, 14 pontos superior ao número registrado em 2015.
Segundo a empresa, a tendência mundial é de crescimento nos registros de fraude desde 2012, quando 61% das empresas afirmaram ter sido afetadas. Em 2013 foram 70%, 75% (2015) até a marca atual.
De acordo com Fernanda, a disparidade do Brasil em relação ao mercado internacional sugere problemas de detecção pelas organizações brasileiras e cria uma falsa sensação de segurança.
Considerando o índice de incidentes cibernéticos, a média global fica em 85%; enquanto que o Brasil registrou 76%, posicionando o País em situação melhor que a de nações mais desenvolvidas em segurança e tecnologia da informação, como Estados Unidos (88%) e Reino Unido (92%).
A origem das irregularidades
Apesar das preocupações generalizadas com ataques externos, os resultados revelam que os autores mais comuns de fraudes e incidentes cibernéticos, dentro e fora do país, foram os colaboradores (insiders).
Cerca de seis a cada 10 irregularidades relatadas no País foram cometidas por autônomos/temporários (26%), funcionários juniores (22%) e de médio ou baixo escalão (9%), portanto, por gente de casa, soma que supera a de ex-funcionários (43%). Já um quinto dos incidentes cibernéticos foi associada a agentes e intermediários (19%).
Enquanto os insiders são citados como os principais autores de fraude, globalmente eles também são os mais propensos a descobri-la. A maioria, quase a metade (44%) do total de entrevistados, relatou ter descoberto a má-prática através de um whistleblower (denunciante), sendo este o principal meio de detecção.
No Brasil, por outro lado, esse recurso foi o menos efetivo, com menção por apenas 17% dos participantes. Por aqui, a identificação se dá majoritariamente (43%) por meio de auditoria externa. “Na cultura brasileira ainda é muito comum a repulsa pela figura do whistleblower, que facilmente associa-se à imagem de traidor, mesmo quando está em favor da ética e contra a perpetuação de crimes”, explica Ian Cook, diretor de investigações e disputas da Kroll no País.

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