Já há algum tempo, a tecnologia se tornou palavra de ordem para quem deseja tocar um negócio de sucesso. Com a pandemia, essa necessidade se tornou ainda mais evidente. Muitas empresas tiveram que adotar novas estratégias para manter sua saúde financeira e melhorar a experiência de compra dos consumidores, implementando, por exemplo, novos meios de pagamento.
Atualmente, não faltam opções para concluir transações financeiras: os lojistas têm à sua disposição tecnologias como links de pagamentos, pagamentos por aproximação e, mais recentemente, o PIX, que permite que as transações aconteçam em até dez segundos, sem restrição de datas e horários. Mas, ao mesmo tempo em que novas ferramentas surgem, é preciso ficar atento às artimanhas que vêm sendo criadas pelos fraudadores para barrar a segurança, causando prejuízos a consumidores e varejistas. Veja algumas dicas de especialistas para ajudar no combate às fraudes em pagamentos.
PIX
O Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, entrou em vigor em meados de novembro e logo nos primeiros dias foi utilizado por milhões de brasileiros, incluindo fraudadores. De olho nesse novo tipo de golpe, a Konduto, lançou recentemente o Safe Banking, solução que monitora transações e que é capaz de atender a todas as demandas de carteiras digitais, especialmente o PIX.
Para evitar problemas, Tom Canabarro, CEO e cofundador da Konduto, recomenda que não se clique em links desconhecidos, especialmente aqueles com URLs encurtadas, e que não se compartilhe dados pessoais ou códigos de verificação.
Canabarro garante que, tomando os devidos cuidados, o PIX é uma ferramenta 100% segura. “Todas as transações ocorrem por meio de mensagens assinadas digitalmente e que trafegam de forma criptografada, em uma rede protegida e apartada da internet. Além disso, no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais, as informaçõesTr dos usuários também são criptografadas e existem mecanismos de proteção que impedem varreduras, além de indicadores que auxiliam os participantes do ecossistema na prevenção contra fraudes e lavagem de dinheiro”, explica.
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Links de pagamentos
Com as restrições impostas ao comércio pela pandemia, os links de pagamento se tornaram um excelente recurso para as empresas ampliarem seus canais de venda. A ferramenta permite, por exemplo, que o lojista envie para o cliente um link pelo Whatsapp, que vai redirecioná-lo para uma página de pagamento segura.
A tecnologia é oferecida por uma processadora de pagamentos e, portanto, seu ambiente é considerado seguro. “Isso não quer dizer, é claro, que o consumidor esteja completamente livre de fraudes: pessoas mal intencionadas podem, sim, utilizar essa solução para fazer uma venda falsa. Por isso, na hora de fazer uma compra online, é fundamental se certificar que você está fazendo a compra de um lojista de confiança”, alerta Ralf Germer, CEO e cofundador da PagBrasil.
Pagamento por biometria facial
Quem nunca comprou em uma loja online e precisou fornecer dados como número de CPF, nome completo e informações sobre o cartão de crédito? Essa ainda é uma prática muito comum entre a maior parte dos e-commerces, mas atualmente já existem outras opções para que o consumidor realize o pagamento de suas compras sem precisar compartilhar tantos dados.
Uma dessas ferramentas disponíveis é a biometria facial, que permite que o cliente passe por processos de identificação e autenticação apenas com a captura de pontos do rosto. Uma pesquisa realizada pela Juniper Research aponta que, até 2024, mais de US$ 2,5 trilhões serão transacionados através de processos de pagamentos utilizando algum tipo de biometria.
“Em um processo totalmente ‘contactless’, a biometria facial, por meio do mapeamento de mais de 1024 pontos na face e de uma tecnologia proprietária Compliance à Lei Geral de Proteção de Dados, possibilita que as instituições criem suas próprias bases de dados biométricas de forma segura, ágil e inovadora, podendo integrar com diversas ferramentas e base de dados oficiais existentes no mercado, além de levar até seus clientes um processo personalizado”, defende Danny Kabiljo, CEO da empresa de biometria facial FullFace. Segundo ele, a tecnologia desenvolvida pela empresa conta com uma ferramenta de Prova de Vida, que impossibilita que sejam realizados cadastros ou autenticações utilizando fotos e vídeos, tanto em aplicativos como em sites e portais.
Pagamento por aproximação
As tecnologias de pagamento por aproximação já vinham se destacando antes da pandemia pela praticidade que ofereciam. No último ano, no entanto, elas passaram a fazer ainda mais sucesso, já que menos contato significa menos chance de contaminação pelo novo coronavírus.
A Atar B2B, empresa de pagamento por aproximação, lançou em 2016 o primeiro dispositivo vestível com esta funcionalidade. A pulseira é à prova d’água e pode ser utilizada internacionalmente.
Além da praticidade e de reduzir as chances de contaminação por doenças, o CEO da Atar B2B destaca que, nos pagamentos por aproximação, o usuário fica com o cartão ou outro dispositivo durante toda transação, evitando a troca ou o roubo de dados por um vendedor mal intencionado. “No mais, todas transações são criptografadas, o cartão permanece com você o tempo todo durante a transação e existem limites de transações sem senha. Sempre que você não reconhecer uma transação, é possível contestá-la junto ao emissor da mesma forma que em um cartão convencional”, diz Orlando Purim Junior.
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