O consumo dentro das comunidades (também conhecidas como favelas) está mais forte do que nunca. O NÓS PESQUISAS — “Persona Favela – Verão e Férias” —, em um levantamento feito pelo NÓS (antigo Novo Outdoor Social), revelou um panorama das tendências de consumo e de comportamento das 15 maiores favelas brasileiras.
Pensado para trazer ainda mais visibilidade às comunidades brasileiras, o sucesso do modelo de negócio idealizado há 10 anos por Emília Rabello, CEO, do NÓS, rompe barreiras e leva anunciantes até as comunidades com campanhas e projetos.
“NÓS carrega o significado e a representatividade do Outdoor Social em seu DNA. O NÓS é isso: a comunidade e o mercado juntos”, afirma Emília Rabello.
Nas favelas o consumo no verão ‘tá on’
De acordo com a pesquisa “Persona Favela – Verão e Férias”, o número de moradores desses locais que costumam viajar nas férias de verão em 2023 é de 40%, cerca de 17% a mais que o estudo realizado em 2021.
“O que percebemos é que a favela ‘tá on’, querendo consumir e aproveitar esse momento tão esperado do ano. São batalhadores e batalhadoras, que pretendem usar o período para descansar e entregar o melhor para suas famílias. Quem souber se comunicar com eles tem muito a ganhar”, ressalta Emília Rabello, CEO do NÓS.
Para Emília, o povo quer curtir o que o verão oferece de melhor, mas, no Brasil ainda existem desafios para que esse público atinja maior representatividade no consumo durante o verão. “Ainda existem desafios aos que desejam ampliar a oferta de produtos e serviços para as populações das favelas, como baratear o preço das passagens de avião, por exemplo”, analisa a CEO.
Favela + consumo = “Chama a Rose, chama a Rose”
A Rose do Bronze representa a criatividade e o tino comercial da população das comunidades. Ela ficou famosa pela maneira que vende seus produtos nas praias cariocas. O refrão “chama a Rose, chama a Rose” viralizou, virou funk e levou a moradora do Complexo do Alemão para vários programas de TV.
E a pesquisa do NÓS comprova que a Rose acertou ao criar seu produto: para 64% dos entrevistados as férias de verão são o momento de aproveitar o sol e o calor, de fazer churrascos em casa ou na laje (34%) e de viajar com destino ao litoral (31%).
Para aproveitar a laje de casa com os amigos, ela deve estar toda equipada: não pode faltar churrasqueira (87%), mesas e cadeiras (85%), geladeira/freezer (75%), chuveirão (71%) e uma piscina de plástico para refrescar (62%).
A grande maioria, porém, sabe dos riscos dessa exposição solar. 71% afirmam usar protetores. Em um recorte de gênero, para 80% das mulheres, os protetores são itens indispensáveis. Para os homens o número baixa para 60%. Os gastos com esse produto ficam entre R$ 20 e R$ 40 para 39% do público ouvido.
Pé na estrada
Reunir a família, encher o carro de malas e botar o pé na estrada é um sonho recorrente em qualquer classe social. Não seria diferente entre os moradores de comunidades e favelas do Brasil. Dos 40% que declararam ter o hábito de viajar neste período do ano, 33% responderam que viajam em veículo próprio. Outros 24% viajam de avião e 18% de ônibus.
Os destinos mais buscados são as praias, de modo geral. Além disso, cidades turísticas do Rio de Janeiro, do Ceará, Bahia e Minas Gerais estão entre os mais citados para viagens em 2023.
“Também é a época que existe uma movimentação muito grande de visita a familiares. Seja de pessoas indo para o interior do país para visitar parentes ou ao contrário, as que vivem em cidades menores visitando amigos, tios, irmãos, filhos nos grandes centros”, conta a CEO do NÓS.
Ainda segundo a executiva, há um desafio para empresas aéreas, agências de viagens, setor hoteleiro e sites especializados em conquistar 51% deste imenso universo pesquisado, que disseram que nunca viajaram de avião.
31% já compraram pacotes de viagem em empresas especializadas
15% acompanham promoções em sites dessas companhias
Mesmo com os valores ainda salgados para a faixa de renda pesquisada, 31% revelaram que já compraram pacotes de viagem em empresas especializadas, e 15% acompanham promoções em sites dessas companhias para comprar quando o valor consegue entrar no orçamento.
“Sabemos que neste caso não depende apenas das empresas, mas de toda uma conjuntura política e econômica. Criar mais promoções, linhas de crédito, mais prazos para que a a grande maioria da população consiga viajar mais e melhor, é sim, um desafio para os empreendedores da área.”
Universo pesquisado
A favela, principalmente, é feita por gente de verdade, gente que tem sonhos e que, com um potencial de consumo de R$ 167 bilhões anuais — R$ 9,9 bilhões apenas nas comunidades que fazem parte da pesquisa —, têm sonhos e desejos. Foram entrevistadas 441 pessoas no final de 2022, das 15 maiores favelas em 11 Estados brasileiros.
O recorte realizado pela NÓS tem a confiabilidade de 95%, onde contamos por meio de dados os desejos e os sonhos dessas pessoas, que não querem mais ser invisibilizadas. Com renda média de R$ 2,7 mil mensais, 242 mil domicílios, onde moram 747 mil pessoas, sendo 54% mulheres, 42% homens e 4% outros (LGBTQIAP+), que demonstram estar preparados para os gastos extras nesta época do ano. Brasileiros em busca de uma chance de brilhar.
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