Desde a chegada da pandemia no Brasil a vida mudou completamente. Trabalho, escola e lazer ficaram concentrados dentro das casas. As famílias tiveram que se adaptar à nova realidade, mas como fizeram isso? E como pensam em relação à educação dos filhos nesse momento? Essas perguntas foram respondidas em uma pesquisa realizada pela BIC, intitulada “A vida escolar na pandemia“.
Os pais de todas as classes sociais estão sendo mais exigidos quando o assunto é a vida escolar dos filhos. 97% deles passam quase duas horas por dia assistindo aulas e apoiando nas lições de casa – tanto os que têm filhos matriculados em escolas particulares quanto os que têm em escolas públicas. Por terem que, além dessa tarefa, se preocupar com a casa e os deveres profissionais, 56% dos adultos acham que o mais difícil nesse cenário de pandemia foi conseguir equilibrar a própria vida.
Leia também: Com dificuldade para organizar o tempo? Veja três dicas simples
Mesmo com todas as dificuldades, existe um receio de deixar as crianças de 6 a 12 anos voltarem para as aulas presenciais na reabertura das escolas. Cerca de 67% dos pais se sentem inseguros com o retorno às escolas antes da vacina; apenas 21% se sentem seguros. No entanto, a porcentagem dos que pretendem autorizar a volta é de 25% por causa da percepção de que as crianças estão sentindo muita falta da convivência com os colegas e professores.
Desenvolvimento e criação dos filhos
O tempo ao lado dos filhos aumentou muito durante o isolamento social. Exatamente por isso rotina de estudo e diretrizes na criação das crianças tiveram que ser repensadas. Os pais que restringiam o uso de telas tiveram que ser mais flexíveis, 82% deles liberaram mais os dispositivos com o objetivo de entreter as crianças. Atividades criativas como desenhar, colorir, pintar e ler livros foram alvo de investimento, mas em escala menor.
No fim, apesar de todas as dificuldades e o desejo de ter mais apoio das escolas no ensino em casa, apenas 24% dos entrevistados na pesquisa avaliam que o desempenho escolar dos filhos piorou. Além disso, uma melhora foi percebida por 27%.
+ Notícias
Saiba como o home office está impactando a produtividade do brasileiro
O porquinho ficou para trás: bancos digitais lançam contas para crianças