A adoção de criptomoedas explodiu no mundo todo desde o início da pandemia, quando os ativos digitais capturaram a imaginação de pessoas presas em casa e imersas no mundo online.
De acordo com estimativas da Insider Intelligence, cerca de 13% dos adultos dos EUA serão donos de criptomoedas este ano. A maioria está nesse mercado interessados em investimentos de longo prazo. Usando criptomoedas para transações, apenas 10% dos proprietários americanos o fazem. Com isso, a base de usuários de pagamento via cripto se expandirá na taxa de dois dígitos até 2023, mesmo com o crescimento dos proprietários desacelerando, avalia a companhia de pesquisa.
Números reforçam tendência de pagamentos em criptomoedas
A Insider Intelligence também apresentou números que reforçam o potencial em criptos no último ano. Em 2021, a criptomoeda representou US$ 6,10 bilhões em transações em todo o mundo, um aumento de 177,3% em relação aos US$ 2,20 bilhões do ano anterior (veja quanto o mercado brasileiro movimentou em criptos só em 2020).
Para 2023, o valor das transações com cripto, segundo a companhia, atingirá US$ 16,16 bilhões no mundo à medida que mais empresas aceitarem essas moedas digitais como pagamento. No Brasil, a Wine, por exemplo, foi uma das marcas que passou recentemente a aceitar criptos como pagamento.
Outro estudo da Visa, realizado ainda no ano passado, já apontava que o interesse dos consumidores pelas criptos era grande. Os motivos: sua compatibilidade com a tecnologia corrente e capacidade de proteger a identidade e os dados pessoais do pagador. Entretanto, uma parcela dos pesquisados disseram que ainda percebem as criptos como uma solução não muito clara, ou de fácil configuração e uso.
Criptomoedas podem gerar novos comportamentos de consumo
Atrelado ao crescente processo de digitalização e uso de serviços no ambiente online, as criptomoedas têm um alto poder de impulsionar novos comportamentos de consumo. Basta olharmos o avanço do metaverso nas estratégias de diferentes marcas em diversos segmentos e seu potencial para a popularização das criptomoedas.
Outro relatório, emitido pela companhia de câmbio de criptomoedas Kucoin, reforça a tendência e aponta que mais da metade da população adulta brasileira vê no fututo as criptomoedas como reserva de valor e meio de pagamentos.
O relatório também revelou que 26% da população brasileira (de 18 a 60 anos), operaram criptomoedas nos últimos seis meses. Um em cada seis investidores de criptomoedas no país já alocam mais de 90% de seu portfólio de investimentos em criptos.
Com as novas gerações de consumidores fazendo uso cada vez mais intenso do ambiente online, o uso das criptomoedas, sem dúvida, tende a crescer ainda mais no futuro. Especialistas já apontam que essa será a principal forma de transação daqui alguns poucos anos, além de formas de investimentos, como já apontados aqui.
Para se ter uma ideia do poder e avanço das criptomoedas como impulsionadora de novos comportamentos, Liubliana, capital da Eslovênia, é considerada, a cidade mais amigável às criptomoedas. Por lá, varejistas aceitam ativos digitais como forma de pagamento, sem problemas.
O próprio governo do país tem evoluído na adaptação de suas leis para comportar esse novo comportamento. Há discussões construtivas sobre tributações, já que a Eslovênia possui a maior capitalização de mercado per capita de blockchain.
Ficar de fora do avanço em criptomoedas não é uma opção
Em última análise, com o avanço das relações digitais e soluções digitais financeiras sendo cada vez mais adotadas em meios de pagamento (vide sucesso do Pix), as criptomoedas podem em breve se tornar o mais novo denominador de novos comportamentos de consumo, inclusive no Brasil.
Para as marcas, ficar de fora deste avanço e deixar de oferecer novas oportunidades em pagamento, principalmente aquelas que geram praticidade ao cliente e facilidade na compra, será fatal. O varejo, sobretudo, deve sempre estar atento a novos comportamentos de consumo e a forma como seus clientes querem interagir e transacionar.
Seja qual for o modelo de pagamento mais usado no futuro, o importante para a saúde dos negócios é que seu cliente esteja comprando, e satisfeito. Ofertar novas possibilidades para o consumo é parte do escopo de toda empresa interessada na melhoraria de resultados e, claro, da experiência do consumidor.
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