O empresário paulistano está mais otimista: tem mais confiança no futuro. Essa é a conclusão a que se pode chegar a partir dos números divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) no Índice de Expansão do Comércio (IEC), que apresentaram o sétimo aumento mensal consecutivo.
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Em novembro, o indicador registrou alta de 4,9%, na comparação com outubro, atingindo 86,8 pontos – maior pontuação desde fevereiro de 2015. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o IEC apontou 68,9 pontos, houve crescimento de 26%.
No entanto, apesar da recuperação do otimismo, o indicador ainda se mantém há 22 meses abaixo dos 100 pontos, o que sinaliza pouca disposição dos empresários para expandir seus negócios.
A assessoria econômica da FecomercioSP indica que os empresários, analistas e investidores nacionais e estrangeiros estão lentamente voltando a colocar o Brasil entre suas opções de investimento. Para a entidade, as medidas tomadas recentemente, como o encaminhamento das reformas e da PEC do Teto de Gastos, mostram que o País está readquirindo condições de governabilidade. Isso eleva a confiança de empresários na economia e tende a fazê-los pensar em investir.
Mais empregos e futuros investimentos
Dois subitens do IEC impulsionaram esse crescimento. O índice que mede a Expectativa para Contratação de Funcionários registrou alta de 4,3% na comparação com outubro e atingiu 110,4 pontos – único subitem acima dos 100 pontos. No contraponto anual, o crescimento foi ainda mais expressivo, de 38,8% em relação a novembro de 2015. Em nota, a FecomercioSP define este crescimento como um “excelente alento ao cenário do mercado de trabalho”,com a eliminação de 1,7 milhão de postos de trabalho no ano passado e projeção de mais 1,2 milhão para esse ano.
Já o Nível de Investimento das Empresas (sinaliza se o empresário está ou não disposto a investir em novas instalações ou equipamentos) cresceu 6% em relação a outubro, ao passar de 59,7 para 63,3 pontos. Na comparação anual, registrou alta de 8,7%.
Segundo a Federação, ao longo de 2016 houve um crescimento maior da propensão a contratar do que a investir. Esse padrão confirma a hipótese da FecomercioSP de que, antes de retomar projetos de ampliação e modernização das empresas, os empresários vão aguardar. Enquanto isso, podem ampliar as vendas e avançar nos negócios apenas contratando um pouco mais. De acordo com a entidade, isso já é algo positivo diante do quadro de desemprego após três anos de crise intensa.