A essa altura, se chegou até aqui, pode estar imaginando que é um artigo de um apaixonado para outro; ou o título de uma nova balada romântica, mas o assunto é negócio e gestão de pessoas. Por incrível que pareça, não são coisas assim tão em lados opostos. A gente pode falar de colaboradores, de paixão, romantismo e histórias de amor. Eu vou explicar como.
O varejo brasileiro vive um momento no qual praticamente tudo que há é commodity e cada empresa concorre não apenas com quem vende a mesma mercadoria e serviço, mas compete também com todos que têm o mesmo tíquete médio.
? Como se diferenciar nesse mercado?
? Como chamar a atenção do consumidor?
Tanto uma resposta como a outra passa pelos seus colaboradores. São eles que vão fazer o posicionamento, identidade e valores da marca chegarem até o cliente final. E isso só acontece se ele for um apaixonado, assim como você, pelo negócio.
E você só consegue essa paixão do colaborador se for capaz de extrapolar a equação bons salários + pacote de benefícios. Isso valia no mundo de antigamente.
As empresas mais legais da atualidade tratam colaboradores, acima de tudo, com autonomia. Costumam torná-los capazes de tomar decisões e resolver problemas. É uma relação de confiança, na qual as partes são ouvidas e as sugestões aceitas.
O processo começa já na contratação. Na Chilli Beans, por exemplo, não importa se o candidato é um PhD, evangélico, patricinha, o que for. Experiência conta, mas o que mais vale mesmo é a vontade dele de estar ali, o tesão de fazer parte daquele time.
Costumo dizer que é mais fácil treinar alguém para atender um cliente, fazer um pós-venda, resolver uma reclamação ou até qualquer trabalho muito técnico, do que ensinar a gostar do que faz, ter amor e comprometimento pelo seu trabalho diário. O tal do brilho nos olhos do início deste artigo.
O olho brilhando, a motivação e a vontade de fazer o que se tem de fazer é a faísca capaz de causar a combustão do crescimento e do sucesso.
* Caito Maia é presidente da Chilli Beans
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