Atrasos no fornecimento de matérias-primas, fechamento do varejo, problemas com logística… A pandemia criou novos desafios para todos os setores do mercado e, consequentemente, aumentou o risco e a incerteza acerca dos rumos a serem tomados nos níveis estratégicos e operacionais de cada negócio.
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De acordo com a “Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas”, realizada pelo IBGE, apenas na primeira quinzena de junho de 2020 foram fechadas, de forma temporária ou definitiva, 522,7 mil empresas, sendo que 99,2% destas eram de pequeno porte, com até 49 colaboradores.
Após o endurecimento das regras da quarentena e o fechamento em massa de várias empresas dos setores de serviços, comércios e indústria, muitas corporações passaram a elaborar estratégias para contornar a crise financeira e expandir suas atuações para o universo digital.
Trabalho remoto e lojas virtuais ganham força na pandemia
O home office, por exemplo, foi adotado por 46% das empresas brasileiras durante a pandemia, conforme mostra um estudo elaborado pela Fundação Instituto de Administração (FIA) e divulgado pela Agência Brasil em abril de 2020.
A migração forçada das lojas físicas para a internet também foi uma das principais alternativas encontradas para enfrentar a situação e aumentar as oportunidades de venda.
Segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o faturamento do varejo digital cresceu 56,8% de janeiro a agosto de 2020, com relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, cerca de 130 mil lojas começaram a vender seus produtos e serviços através dos recursos digitais entre os referidos meses.
As grandes corporações também aderiram ao estilo virtual e tiveram que enfrentar as inúmeras incertezas trazidas não só pelas mudanças na rotina produtiva, como também pelas transformações dos hábitos de seus clientes.
Incerteza e risco empresarial são discutidos no Conarec 2021
E é com base neste assunto que o Conarec 2021 promove uma roda de conversas acerca do tema “a única certeza é a incerteza: de que forma é possível reduzir esse risco?”.
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O evento, mediado pela editora do Grupo Padrão, Carol Rodrigues, recebe a participação de Bia Nóbrega, superintendente do Banco Digio; Paulo Pompilio, diretor de relações corporativas do GPA; e Wellington José, Head of digital Product da Amaro.
Ao longo do bate-papo, realizado em formato virtual, os palestrantes debatem sobre uma série de alternativas encontradas pelos diferentes segmentos para impulsionar as vendas e melhorar a gestão e a relação entre marca e consumidor.
De acordo com Paulo Pompilio, porta-voz do GPA, grupo de comércio varejista responsável por marcas como Pão de Açúcar, Extra e Assaí, o segmento de alimentos passou por uma revolução sistêmica e operacional com o agravamento da pandemia e o isolamento social.
“Nossos parceiros do varejo tiveram que fazer o processo de aceleramento digital que talvez nem estivesse no planejamento. Então passamos a fortalecer e agilizar as lojas virtuais para conseguirmos ficar mais próximos do cliente, garantindo um atendimento rápido e eficiente”, afirma o diretor de relações corporativas.
A migração para o digital também ficou em evidência no segmento de moda, conforme explica Wellington José, Head of digital Product da Amaro, marca de lifestyle brasileira.
“Como já tínhamos algumas operações de compra online e retirada em pontos físicos, passamos a nos preocupar mais com os novos serviços de conveniência para os clientes que não iam mais fazer a devolução nos Correios, por exemplo. Então tomamos a decisão de fazer uma coleta domiciliar justamente para mostrar aos potenciais compradores que as aquisições na Amaro são seguras e apresentam um nível de risco muito baixo”, afirma o palestrante.
Experiência do cliente ganha destaque no mundo dos negócios
Além do estilo virtual dos negócios, as questões acerca da experiência do cliente (CX) e das mudanças de hábitos dos consumidores também passaram a fazer parte das estratégias empresariais ao longo da pandemia.
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Mais abertos para compras online e exigentes com relação a rapidez das entregas, os clientes têm buscado cada vez mais por empresas que compreendam suas dores e apresentem soluções para curá-las. Ademais, as impressões durante o atendimento ao cliente também estão sendo levadas em conta no relacionamento cliente-marca.
Não é à toa que a humanização e a personalização ao longo da jornada de compra estão entre as principais estratégias apontadas pelas empresas para conquistar e fidelizar o público-alvo.
“Se estamos vivendo um mundo cada vez mais incerto e a incerteza é única certeza que temos, precisamos ter uma cultura forte que nos ajude a tomar decisões. Então, para que a estratégia de vendas fique de pé, é necessário se apoiar na cultura organizacional e passar a ouvir os colaboradores e os clientes”, pontua Bia Nóbrega, superintendente do Banco Digio.
Com base em consultas de dados e no comportamento dos consumidores, muitas empresas passaram a atender, de forma mais assertiva e personalizada, os gostos e preferências de seus clientes, agilizando assim os processos de venda e otimizando os lucros.
Nesse sentido, é muito importante ressaltar que o acesso a determinadas informações relativas aos consumidores deve estar de acordo com as diretrizes e normas previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que garante privacidade aos cidadãos e evita a comercialização e o uso indevido de dados.
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