É indiscutível: os moldes de trabalho nas corporações nunca mais serão os mesmos.
Com a naturalização do trabalho remoto, forçada pela pandemia de coronavírus, muitos líderes institucionais perceberam as vantagens desse modelo de trabalho ― definitivamente mais barato e econômico para as empresas, para citar apenas alguns dos benefícios. Semelhantemente, trabalhadores também aprovaram esse novo jeito de se trabalhar, e muitas estatísticas mostram aumento das taxas produtividade de equipes remotas.
Home office como tendência futura
A pesquisa State of Remote Report 2020, que investigou 3.500 trabalhadores em todo o mundo, constatou que 98% dos profissionais desejam continuar trabalhando remotamente, ao menos em uma parte do tempo, pelo resto de sua carreira. Destes, 97% recomendariam esse modelo de trabalho para as outras pessoas.
Por outro lado, o instituto de pesquisa Monster publicou, em julho, um estudo que mostra sintomas de esgotamento por parte de 69% dos funcionários em home office ― quase 20% a mais que no início de maio.
Não há de se excluir o fato de que as pessoas não estão em regime de home office ― estão em regime de isolamento. Com contextos distintos, fica difícil mensurar qual parte dessa estafa vem do modelo de trabalho em si, e qual parte vem das dores da pandemia ou a confusão dos limites entre serviço e vida pessoal.
Independentemente das razões por trás das estatísticas, o fato é que o trabalho remoto continuará como padrão em muitas empresas, seja pelos seus benefícios, seja pela iminência de futuras ondas de contágio.
Diretrizes para um home office saudável
Mas será que as companhias e seus líderes estão prontos para o trabalho remoto de longo prazo?
A Fast Company levantou três questionamentos para gestores medirem se estão fazendo o certo na hora de apoiar seus colaboradores em um período de tantas incertezas.
É preciso contextualizar times e funcionários
Segundo a Fast Company é essencial construir um diálogo bidirecional com os funcionários para garantir que todos se sintam ouvidos e acolhidos. Uma das táticas sugeridas é aumentar o volume de reuniões exclusivas para compartilhamento de desempenho, conclusões de projetos, dúvidas, feedbacks e possíveis inseguranças. Isso aproxima os times e reforça o sentimento de pertencimento e determinação. O importante, contudo, é que a reunião tenha um cunho muito mais pessoal e emotivo do que estritamente profissional e racional.
Mostre-se como humano e não somente como líder
Em um cenário remoto, líderes devem encorajar comunicação constante para apoiar suas equipes quando necessário, seja para ouvir dúvidas profissionais, seja para ajudar um indivíduo do grupo a organizar a agenda para que consiga equilibrar a rotina em casa com trabalho e filhos, por exemplo. É papel dos mentores oferecerem recursos que ajudem seus colegas a desenvolverem bem-estar e autocuidado durante o trabalho, mesmo que a distância.
Dê ouvidos antes de planejar o futuro
É uma exigência atual do mercado de trabalho que as rotinas profissionais possam ter atributos flexíveis. Uma pesquisa do International Workplace Group, de 2019, mostrou que 80% dos trabalhadores americanos disseram que recusariam empregos que não oferecessem opções flexíveis de trabalho. Portanto, o futuro óbvio mostra que funcionários precisar ter opções, seja de ir ao escritório um ou dois dias por semana, seja ficarem totalmente remotos.
Contudo, como indivíduos ou grupos possuem perfis e desejos distintos, é papel do empregador checar constantemente como eles estão se sentindo com seus modelos de trabalho, e fazer adaptações frequentes. Ter essas conversas e fazer planos em conjunto com os profissionais pode ajudar na construção de um ambiente de trabalho mais próspero para todos.
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