Em 2015, as empresas brasileiras participantes do Fórum Clima e o Instituto Ethos divulgaram a “Carta Aberta ao Brasil sobre a Mudança do Clima – 2015”. O objetivo é simples: apontar os compromissos assumidos para diminuir a emissão de gases do efeito estufa e sinalizar propostas que o Governo Brasileiro deve debater na Conferência do Clima em Paris, no fim do ano, em que será votado um novo acordo climático global.
Dessa forma, o documento exemplifica e reforça como a união de todos os atores sociais pode ajudar no combate ao aquecimento global.
Até pouco tempo, quando o assunto era sustentabilidade, havia uma clara divisão de papéis. As poucas organizações não governamentais que existiam, por exemplo, lutavam sozinhas contra a exploração do planeta, enquanto a grande maioria da população e dos políticos ignorava completamente o tema.
Problemas ambientais eram considerados secundários diante de outros temas, como saúde, educação e segurança. O resultado está aí: índices de poluição que não param de subir e que levam às previsões pessimistas sobre o futuro.
Agora, para reverter este cenário, é preciso repensar o modelo de consumo dos recursos naturais e isso só é possível com uma ação integrada de todos os agentes envolvidos.
O cidadão deve reduzir a quantidade de lixo que produz e contribuir para a redução de poluentes. Empresas precisam estimular fontes de energia mais limpas e podem desenvolver núcleos de pesquisa e desenvolvimento voltados para o conceito sustentável. Já o poder público é responsável por criar e disseminar uma consciência ambiental para as futuras gerações por meio de leis, ações, campanhas e incentivos.
Com o aquecimento global batendo recordes todos os anos, não adianta apenas um lado fazer sua parte. A boa notícia é que a população brasileira está mais consciente em relação a sua atuação em relação à sustentabilidade.
A última pesquisa “O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável”, realizado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2012, mostra que 46% dos brasileiros sabem apontar quais são os problemas ambientais em sua comunidade – este índice era de apenas 10% em 1992.
Se as autoridades não tiverem o mesmo pensamento e visão sobre como cuidar do meio ambiente, o novo acordo climático global dificilmente sairá do papel. Com uma ação unânime, mostraremos que juntos somos mais fortes!
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Flávia Pini é Diretora de Marketing da GreenClick, empresa que contribui com a neutralização da emissão de CO2 no país