A Internacional Meal Company, dona no Brasil das operações Viena e Frango Assado, registrou prejuízo de R$ 11,3 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo um lucro de R$ 4,3 milhões verificados no mesmo período do ano passado.
As marcas da empresa passam por uma nova fase, com foco na geração de caixa e simplificação das operações. “Nossa estratégia visa atingir o objetivo de expansão de nossa geração de caixa e retomada das margens bruta e operacional”, disse a empresa em relatório.
Foram analisadas cada marca, segmento e local de atuação para listar problemas que, segundo a empresa, devem ser resolvidos em três anos. “A partir dessas informações definimos o papel estratégico, propósito e os objetivos de cada ativo da Companhia. Com essa clareza, listamos projetos e decisões, mapeamos as necessidades de recursos, processos e a cadência de implementação para movermos a Companhia do status atual para o caminho em que queremos seguir”, explicou.
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Os resultados ruins vieram mesmo com o aumento nas vendas, de 16,2%, considerando a mesma base de lojas de um ano atrás. Já no Brasil ocorreu queda, com as vendas passando de R$ 270 milhões para R$ 264 milhões. As operações em terras brasileiras representaram 49,7% das vendas totais da empresa no trimestre frente a 60,1% do terceiro trimestre do ano passado.
“A queda de representatividade das operações brasileiras está relacionada principalmente à depreciação da moeda local e ao momento econômico do Brasil que levou a um decréscimo das vendas. A distribuição do resultado operacional também foi impactada pela variação cambial, uma vez que o Brasil perdeu representatividade também dentro dessa linha, bem como pela redução de margem operacional das operações de aeroportos”, comentou a empresa.
A companhia encerrou o trimestre com 397 lojas, uma redução líquida de 13 lojas frente ao mesmo período do ano anterior. A redução de lojas se concentrou no segmento de aeroportos do Brasil, onde a IMC optou por não renovar determinados contratos por motivos mercadológicos.
Já a redução do número de lojas no setor de shopping centers está ligada ao programa de encerramento de lojas deficitárias.
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Ainda assim, a empresa viu aumento das despesas operacionais, de 37,6% em Reais, principalmente pela maior representatividade das operações internacionais nos resultados; maiores despesas com aluguel de lojas, principalmente influenciados pelo segmento de aeroportos no Brasil e no Caribe e pelas novas lojas nos Estados Unidos; maiores despesas de vendas, influenciadas por maiores taxas de franquias nas operações do Caribe e do Brasil e pela promoção e operação de novas lojas nos Estados Unidos; além de maiores despesas de depreciação e amortização de ativos das lojas e; pela queda nas vendas no Brasil.
Apesar dos resultados negativos, a empresa segue otimista. “Continuamos confiantes em nossa capacidade de gerar maiores resultados nas operações brasileiras e internacionais através de nosso plano de reestruturação e foco na inovação e resultados”.
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