A Via Varejo, companhia por trás das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, anunciou ontem (28) que teve um prejuízo de R$ 46 milhões entre julho e setembro, contrapondo os R$ 216 milhões de lucro registrados no mesmo período de 2014.
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Segundo a empresa, a forte retração se deve à queda nas vendas, diluição mais baixa das despesas fixas e principalmente relacionadas com reestruturação. Se não fosse pelas despesas de reestruturação da empresa (que totalizaram R$ 119 milhões), o lucro líquido teria sido de 33 milhões de reais no terceiro trimestre, informa a Via Varejo.
Diante dos altos custos operacionais e da margem negativa, 31 lojas fecharam as portas durante o terceiro trimestre. Desconsiderando fechamentos ligados à decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o total para o ano foi de 36 lojas desativadas. Por outro lado, a empresa está confiante e vê oportunidades para 2016, embora não exclua a chance de fechar mais lojas para se manter competitiva.
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?Vamos analisar a fundo a performance do grupo de lojas com desempenho negativo ou abaixo da média. Será feito um acompanhamento de três meses para termos uma sensibilidade da tendência de recuperação. Se chegarmos à conclusão que as oportunidades internas estão se esgotando, optaremos pelo fechamento?, disse Peter Paul Estermann, presidente da Via Varejo, durante o anúncio dos resultados. Após mais de um ano à frente da Vice-presidência de infraestrutura do GPA, o engenheiro assumiu a posição da companhia no início deste mês.
De acordo com Marcelo Rizzi, diretor de Planejamento Estratégico e de Controle e Gestão da Via Varejo, se a Via Varejo tiver problemas com pontos de venda que não estão contribuindo com margem razoável, a empresa deve fechar mais pontos lojas para melhorar a rentabilidade e financiar maior participação de mercado. ?É provável que haja mais fechamentos no quarto trimestre, se elas não forem rentáveis?, concluiu o executivo.
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