No Web Summit, os executivos David Perpich, Presidente da The Wirecutter, Fred Santarpia, CDO da Conde Nast e Alicia Navarro, CEO da Skimlinks, debateram o futuro da geração de valor das plataformas de conteúdo para além da publicidade compulsória.
Como superar a lacuna representada pela queda da publicidade convencional, display? Para Fred Santarpia, é necessário se adaptar múltiplas formas de negócios, múltiplos modelos de negócio, baseados em conteúdos, vídeos, dados e marketing de performance. O conceito de conteúdo hoje passa pela gestão de plataformas, com marcas bem estruturadas, com capacidade de geração de escala e focadas nas expectativas dos clientes. “Temos de pensar naquilo que os clientes consideram significativo de cada marca e proposta de leitura. Para Perpich, a questão ganhou muita complexidade. “Não estamos mais no negócio de prover notícias, mas de responder às perguntas dos leitores”, afirmou.
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Mas, nessa perspectiva, como é possível monetizar as plataformas de conteúdo de forma rentável? Alicia Navarro foi bastante incisiva sobre esse ponto, em seus questionamentos. O Chief Digital Officer da Conde Nast, Fred Santarpia, enfatiza que a resposta passa pela criação de plataformas escaláveis, que possam fornecer conteúdo com algum propósito, que seja, capazes de se conectar com leitores e clientes. O debate enfatizou que nesse caso o produto também deve ser desenhado do cliente para dentro e oferecer múltiplas formas e padrões de interação.
Lidando com gigantes
Para Perpich, a necessidade de testar é permanente. “Nem sempre o que produzimos pode ser monetizável. Algumas vezes funciona, outras não. Mas precisamos testar continuamente”. Alicia provocou os executivos para que comentassem sobre o poder da Amazon: a empresa é aliada ou inimiga dos produtores de conteúdo?
Para David, Amazon, Apple, Google e Facebook são empresas que estão modelando o mundo e as mídias precisam se adaptar e conviver com elas, para que possam impulsionar seus negócios. Santarpia não os julga e defende que as empresas do segmento precisam criar pontos de contato com essas mídias sociais para conquistar e engajar audiência.
E os dados?
Como a gestão do Big Data pode ajudar a trazer receitas para os produtores de conteúdo. A chave é compreender como o consumidor se comporta, como compra online e offline, que tipo de conteúdo ele vê, qual conteúdo o afasta, qual a taxa de evasão.
O grande problema é enfrentar a praga das fake news, e criar formas de evitar que o conteúdo nocivo seja distribuído. Fundamentalmente, estamos entrando em uma era na qual as pessoas irão pagar pelo conteúdo.
O leitor concorda?