Quem não tem aquele amigo ou conhecido que, mesmo ganhando menos, dá a impressão de que realiza mais coisas? Viaja todo ano, troca de carro, comprou uma nova TV dessas enormes? O que ele tem? Uma coisa simples: organização. Sim, muitas vezes, o orçamento desequilibrado é reflexo da falta de organização e não necessariamente da quantia que se recebe em salário.
“Muitos brasileiros ainda encontram dificuldades em disciplinar as próprias finanças. Em muitos casos esse desajuste de gastos pode adiar a compra da casa própria, carro, viagens, estudos e planejar o futuro com liberdade financeira”, revela Ricardo Assaf, fundador da Empresa Capital e presidente da Associação Brasileira das Sociedades de Microcrédito (ABSCM).
Segundo ele, existe um consenso de que não se deve gastar mais do que se ganha. Embora seja uma observação simples e dita há muito tempo, muita gente se esquece que, ao quebrar essa lógica, posterga-se os planos e a possibilidade de se ter uma reserva financeira para gastos inesperados. Quem consegue administrar bem suas finanças pessoais pode planejar o mês, o ano, o semestre sem ter necessariamente que parar de gastar e consumir.
Assim, Assaf aponta 3 dicas simples para não passar aperto e ter uma vida financeira mais organizada, sem precisar deixar de gastar:
1 – Crie uma planilha. O primeiro passo é fazer um diagnóstico de todos os gastos fixos que tem como aluguel da casa, carro, IPTU, escola, cartão de crédito, condomínio e convênio médico. Comece a anotar as despesas mensais e diárias para saber exatamente em que seu dinheiro está sendo empregado. De um lado insira em que foi gasto e, do ouro, o valor. Se alguma compra foi feita em prestação, é importante mencionar o número de parcelas e os juros em cada uma. Caso não queira fazer manualmente a planilha, procure gerenciadores e aplicativos financeiros disponíveis e gratuitos na web.
2 – Delimite gastos. Para muita gente o cartão de crédito é um vilão e um dos principais perigos do orçamento doméstico, seja pela dificuldade de controle das dívidas, seja por não saber planejar as compras. Nesse caso, a dica é determinar um porcentual de limite de gasto mensal, uma espécie de meta. O importante é não comprometa mais que 30% da sua renda líquida mensal e evite ao máximo pagar o valor mínimo do cartão.
3 – Repense prioridades. Para ter o controle das finanças pessoais, é fundamental saber o que é gasto essencial e supérfluo. As contas essenciais (escola, aluguel, condomínio, prestação de casa, parcela de carro, seguro médico e outros) são os gastos fixos e esses devem ser as prioridades de pagamento. Partindo dessa ideia, ficará mais fácil saber aonde se quer chegar e desfrutar da saúde financeira.