Os líderes já não são mais os “megafones” das suas organizações, permitindo que as pessoas, por sua vez, usem produtos e serviços para alcançar audiência de um modo mais rentável. A frase imortal “ir ao mercado” está quase extinta. Estamos operando agora em um mundo de incubadoras e de hubs de inovação que alimentam ideias novas e inovadoras, trazendo soluções disruptivas de fora para dentro dos negócios.
De repente, os líderes têm de se tornar os “ímãs” de um novo valor vindo “de fora para dentro”. E, assim, eles estão se movendo do papel de facilitadores para o de orquestradores criativos: seja de redes de contato, seja de tecnologias, ideias, ecossistemas de valor ou modelos de negócio disruptivos.
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Neste novo mundo de “liderança híbrida”, a empatia é rainha e as habilidades interpessoais colaborativas estão em voga. Para líderes criativos que desejam seguir em frente e de forma confiante, é bom saber responder à pergunta: “Por que alguém deveria me seguir?”. O critério é o mesmo, mas o contexto muda muito. Um exercício útil é aplicar uma ferramenta simples como a “Value Proposition Canvas”, de Alexander Osterwalder, para medir o valor pessoal (em vez da tradicional constelação de valor do cliente). Em primeiro lugar, deve-se fazer a pergunta “O que eu espero daqueles que eu lidero?”. Spoiler: talvez a resposta não seja a mesma de cinco anos atrás.
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Em segundo lugar, de acordo com o modelo, vem a pergunta: “Quais são as dores dessas pessoas para alcançar isso?”. E, finalmente, “Em que ganhos eles estão focando dentro dessas tarefas?”. Feito isso, você precisa se olhar no espelho e perguntar: “Quais são os alívios para essas dores e quais ganhos eu tenho?” e, por fim, “Com quais ferramentas pessoais eu aplico isso?”. A capacidade de ajuste entre necessidades e criação de valor pessoal é a medida do quão propensas as pessoas estão a lhe seguir.
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Se você combinar uma visão empática às necessidades daqueles que lhe seguem, com um alto grau de inteligência emocional e um entendimento da própria autenticidade, você está muito bem equipado para engajar a adesão e o apoio daqueles que estão à sua volta.
*Stuart Hardy é diretor de Educação Executiva da Berlin School of Creative Leadership