O e-commerce brasileiro fechou o terceiro trimestre de 2016 em baixa após apresentar reação no segundo trimestre. O faturamento real (já descontada a inflação) do setor foi de R$ 3,4 bilhões, retração de 6,6% na comparação com o mesmo período de 2015. É o que aponta pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizada por meio do seu Conselho de Comércio Eletrônico, em parceria com a Ebit.
Com relação ao acumulado do ano até setembro, o faturamento do setor registrou queda de 4,4% e em 12 meses retração de 4,6%, o pior resultado da série histórica.
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A participação do comércio eletrônico nas vendas do varejo paulista no terceiro trimestre ficou em 2,4%, leve queda de 0,2 ponto porcentual (p.p.) na comparação com o mesmo período de 2015. Com relação ao número de pedidos, o montante subiu 1,4%, passando de 9,076 milhões para 9,201 milhões.
O valor médio por pedido também registrou queda: -7,9%, passando de R$ 404,41 no mesmo período de 2015 para R$ 372,63 em 2016.
Para a FecomercioSP, a desaceleração das vendas do varejo vem sendo sentida tanto no varejo físico como no varejo eletrônico e isso é reflexo da inflação elevada, dos juros altos, da escassez de crédito e do aumento do desemprego.
Quadro paulista
Enquanto o cenário geral apresenta queda, o varejo paulista exibiu crescimento de 1,7% no terceiro trimestre frente ao mesmo período de 2015. Ainda assim, teve leve recuo de 0,7% no acumulado do ano e queda de 2,8% no acumulado dos últimos 12 meses.
Já o comércio eletrônico na cidade de São Paulo fechou o terceiro trimestre de 2016 com faturamento real de R$ 1,6 bilhão, alta de 17,9% se comparado com o mesmo período de 2015. Em relação ao número de pedidos na Capital, foram registrados mais de 4,5 milhões, com tíquete médio de R$ 353,01.
De acordo com a FecomercioSP, a Capital foi a região com a maior participação do comércio eletrônico no faturamento do varejo estadual, 3,6%, seguida pelo Litoral com 2,3% e Araraquara, 2,3%.
A entidade recorda que parte desse comportamento diverso pode ser explicado pela forte base de comparação, já que o comércio eletrônico passou a sentir os efeitos da crise com maior intensidade em meados de 2015, enquanto o varejo paulista já apresentou queda nas vendas em 2014. Além disso, a variedade de produtos comercializado nas operações realizadas pela internet (que concentra uma parcela razoável de produtos eletroeletrônicos e eletroportáteis), tende a apresentar uma demanda mais elástica que itens de primeira necessidade, tais como alimentos e medicamentos.
Desempenho do e-commerce recua no terceiro trimestre de 2016
Pesquisa da FecomercioSP mostra que setor sentiu o impacto da economia mesmo após leve recuperação. Em SP, o resultado é um pouco diferente. Veja
- Raisa Covre
- 3 min leitura
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