As plataformas em nuvem estão entre os principais investimentos em tecnologia por parte das empresas que buscam executar serviços de tecnologia da informação. Isso porque esse tipo de plataforma tem um fator chave para que se possa atingir uma das principais necessidades da era digital: a agilidade no negócio.
Para André Luiz Corrêa, cloud executive manager da TecCloud, empresa do Grupo Stefanini, a adoção da plataforma em nuvem proporciona vantagens competitivas. Entre elas estão flexibilidade, capacidade de entregar novas funções e tecnologias de forma rápida e melhor integração com clientes, parceiros e fornecedores.
Não à toa, há uma crescente demanda pelo uso da computação em nuvem, que vem sendo cada vez mais aprimorada. Isso faz parte de um processo de transformação digital.
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As vantagens das plataformas em nuvem
As plataformas em nuvem trazem benefícios essenciais no dia a dia das empresas, e por isso têm sido cada vez mais requisitadas pelas companhias. Tal tendência é explicada pelo aumento na eficiência, na mesma medida em que reduz desperdícios, em vários níveis.
Como exemplo, em um estudo feito pela Gartner, foi detectado que, em média, os colaboradores de uma empresa perdem 400 horas por ano procurando documentos. São mais do que 2 semanas desperdiçadas anualmente.
Para André Fernandes, solutions engineering manager da Nice, a unificação de soluções na nuvem é um dos fatores preponderantes para facilitar a gestão de dados de uma empresa.
“Uma solução em nuvem permite que as organizações tenham um ambiente unificado, onde é possível não só fazer a gestão da experiência dos clientes, mas também cumprir com todos os requerimentos internos por gestão de compliance, qualidade, analytics entre muitos outros”, diz.
Fernandes ainda lista outros fatores importantes que beneficiam as companhias que optam pelos serviços em nuvem:
- Agilidade na implementação: não é possível mais esperar meses para que os equipamentos cheguem, sejam instalados, configurados e finalmente colocados em produção. Nos dias atuais, ser rápido na implementação e pagar somente pelo necessário são pontos essenciais para o sucesso das organizações. Agilidade que soluções em nuvem conseguem prover.
- Flexibilidade e escalabilidade: equipamentos e licenças em stand by geram custos fixos para recursos que são utilizados apenas em situações específicas. A possibilidade de crescimento de acordo com a necessidade de negócio, pagando apenas pelo utilizado, é algo exclusivo de soluções em nuvem.
- Redução de footprint e TCO (total cost of ownership, ou custo total da posse): plataformas em nuvem permitem uma redução – senão a eliminação – dos custos associados à infraestrutura.
- Atualização: plataformas que foram concebidas para nuvem trazem também o benefício de estarem sempre atualizadas, além de contarem com novos serviços disponibilizados pelos desenvolvedores.
- Melhor experiência para clientes: com plataformas sempre atualizadas, é mais fácil que as organizações mantenham-se atualizadas também, atendendo rapidamente às novas formas de comunicação esperadas pelos clientes. Isso permite melhorar significativamente a experiência dos consumidores.
Migração sem surpresas
As migrações de soluções para nuvem hoje passam por momentos de transição com soluções on premise (aquele em que toda a infraestrutura, customização, configuração e atualização é feita internamente). Para o solutions engineering manager da Nice, ao optar por migrar para uma plataforma em nuvem, é essencial mapear todos os pontos de integração e utilizar recursos de criptografia, autenticação e segurança dos dados.
Realizar tais integrações sem levar esses pontos em consideração pode expor dados sigilosos e, por isso, Fernandes destaca a importância de buscar parcerias com um provedor de soluções em nuvem.
Para extrair as melhores qualidades dos serviços em nuvem, ele ainda destaca que as organizações tenham um mapeamento claro de onde estão e quais são as necessidades de curto e médio prazo da solução em cloud. Isso porque, sem este mapeamento, as empresas correm o risco de migrarem sua “situação” atual para a cloud, sem tirar proveito das vantagens de soluções em nuvem.
Nuvem híbrida e o futuro da TI
Apontada como uma das principais tendências de tecnologia para 2021, a nuvem híbrida se apresenta como uma estratégia fundamental para as empresas.
Dessa forma, ao optar pela nuvem híbrida, a empresa utiliza servidores exclusivos, e assim garante a segurança no armazenamento de dados, e também faz uso de serviços de alocação compartilhada, de custo mais acessível, para a troca de arquivos menos sensíveis.
De acordo com uma pesquisa realizada no ano passado pela empresa americana Red Hat com organizações em todo o mundo, 27% dos entrevistados afirmaram que a estratégia de nuvem em 2021 para sua empresa será híbrida. 17% irão priorizar a nuvem privada, enquanto que 11% vão focar na estratégia multicloud e 10% investirão na nuvem pública.
Para Diego Carvalho, managing partner da Resolutte, ao escolher por uma nuvem híbrida, é importante trabalhar com data centers que adotem os mais diversos protocolos de segurança da informação de mercado.
Tais protocolos podem ser elencados como: criptografia das informações, controles e níveis de acesso e conformidade na aplicação da lei geral de proteção dos dados, além de não trabalhar com dados completos dos clientes na transação de informações.
Ainda segundo Carvalho, um ponto bastante relevante a ser observado é ter uma equipe dedicada e especializada em monitoramento e segurança da informação em nuvem.
Segurança em todos os níveis
Ainda de acordo com André Luiz Corrêa, da TecCloud, o tema da segurança de dados em nuvem híbrida remete a cuidados como trabalhar com uma arquitetura de TI híbrida, com um projeto consistente de dados, informação e serviço, que valide as boas práticas de segurança e seja aderente ao framework de segurança adotado.
Além do mais, as arquiteturas e os serviços precisam ser pensados em uma abordagem Cloud Native, orientado a explorar o máximo desses benefícios nos principais pilares (DevOps, Microserviços, Containers, CI/CD).
Ainda assim, é preciso um modelo de engenharia que promova a elasticidade, a celeridade e a autonomia.
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