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Crianças do futuro

Crianças do futuro

"Nós poderemos ter robôs-babás para preencher este papel e reduzir os incômodos de ter filhos. Assim, quem sabe, vamos recuperar o desejo de ter filhos"

As crianças têm um papel importante nas famílias e na sociedade. Sem elas, não haverá uma próxima geração para herdar nosso legado com todos os valores materiais e imateriais. Em outras palavras, as crianças não são apenas um investimento no futuro. Elas são o próprio futuro. Ainda assim, há uma queda generalizada na vontade de ter filhos.

Para manter um certo nível populacional, com os fatores externos atuando favoravelmente, cada mulher tem que dar a luz a 2,1 crianças. É o que chamamos de taxa de fertilidade. Uma das principais razões pelas quais o número é 2,1 e não dois é que, em geral, nascem menos mulheres do que homens.

Em muitos países desenvolvidos, a taxa de fertilidade anda abaixo dos 2,1. Nos países Rússia, Japão, Alemanha, Espanha, Polônia e Itália, entre outros, está abaixo de 1,4. Poucos países desenvolvidos têm taxas de fertilidade acima de 1,8. Globalmente, a fertilidade diminuiu de cerca de cinco filhos em 1950 para 2,5 e espera-se que caia para menos de dois filhos por volta de 2100.

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A regra geral é que a fertilidade cai enquanto a sociedade enriquece. Talvez seja menos importante ter mais crianças se o risco de elas morrerem antes de crescer for menor. Talvez você precise abrir mão de muitas oportunidades e muitas liberdades quando você tem filhos. Os pais estressados de hoje em dia não são exatamente os melhores divulgadores da beleza da paternidade, então escolhemos nossa liberdade ao invés de cairmos na armadilha das crianças. No entanto, essa filosofia está longe de ser uma certeza para o futuro.

No passado, era normal para a maioria dos bem-nascidos ter babás para tomar conta das crianças, dando aos pais a liberdade para perseguir seus próprios sonhos e ficar com seus filhos somente quando tivessem vontade. No futuro, nós poderemos ter robôs-babás para preencher este papel e reduzir os incômodos de ter filhos. Assim, quem sabe, vamos recuperar o desejo de ter filhos – talvez muitos deles. Ou pode ser que o bem-estar seja vitimado por necessidades políticas, tornando necessário ter mais filhos para apoiar uma população envelhecida.

A biotecnologia também pode possibilitar ter filhos com idade mais avançada do que hoje, e aí aposentados iremos ter filhos (e não netos), dedicando tempo para eles. Aliás, avós têm um papel importante cuidando das crianças. Por que mais velhos não podemos ter caçulas ao mesmo tempo em que nossos primogênitos trazem nossos netos ao mundo? Pelo menos as crianças terão companhia para brincar.

Seja por desejo, necessidade ou simplesmente porque seja fisicamente possível, ter mais filhos quebraria o prognóstico da ONU sobre a população e resultaria em maior taxa de fertilidade futura – e, lógico, uma maior população global. Se isso vier a acontecer, pode ser o número de filhos que um casal possa ter seja regulado, independentemente de ser fisicamente possível ou não.

Se olharmos poucas décadas à frente, as crianças serão cada vez menos concebidas de forma natural. Poderemos conceber nossos filhos com os genes adequados para uma vida bem-sucedida. Talvez, até façamos com que nossas crianças nasçam com chips e nano máquinas que lhes deem habilidades sobre-humanas. Geração após geração, nossas crianças se tornarão cada vez menos parecidas com o que entendemos como humanos e mais parecidas com verdadeiros robôs.

Em 500 anos, nossos descendentes podem até construir suas crianças, ao invés de concebê-las – e o que há de errado com isso? Afinal, nós sempre sonhamos em ter crianças perfeitas.

*Peter Kronstrom é head do CIFS

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