A recessão econômica afetou o apetite da família paulistana em adquirir dívidas em longo prazo. Em julho, apenas 6,5% dos paulistanos disseram que pretendiam pedir crédito nos próximos três meses.
O levantamento mensal é feito pela FecomercioSP. Segundo a instituição, o desejo por crédito é o menor desde junho de 2012, quando a instituição começou a fazer e registrar esse tipo de levantamento.
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Em comparação a julho do ano passado, a intenção de financiamento caiu 5,3%. Quando comparado a julho, a queda foi de 20%, segundo a instituição.
Reserva
Outro indicador que mede a relação do brasileiro com o seu dinheiro é o índice de segurança de crédito, que registrou alta de 5,1% em comparação com junho de 2016 e 11,6% em relação a junho deste ano. O indicador mede a capacidade de pagamento dos consumidores com base na posse de reserva financeira.
Entre os endividados a segurança de crédito também cresceu, cerca de 9% na comparação anual e 21,9% na comparação mensal. Para os não endividados houve um crescimento de 2,8% quando comparado a julho de 2016 e 7,6% na comparação mensal.
Motivos
Para a instituição, os indicativos demonstram que as famílias de São Paulo temem os efeitos da nova crise política, que envolve o alto escalão do governo federal, além do desemprego que seguem em níveis elevados.
O momento também é de cautela. Segundo a Fecomercio, “apesar de o cenário econômico não dar sinais de ruptura e de a situação de segurança de crédito ou do mercado de crédito em si ter se alterado muito, a Federação aponta que não dá para se esperar uma recuperação no curto prazo”, completou.
