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O que a coxinha de um quilo tem a ver com as “fake news”?

O que a coxinha de um quilo tem a ver com as “fake news”?

Tudo, segundo o editor de mídia do Buzzfeed: gostamos de coisas extremas. O problema é onde isso nos pode levar

Quem não se lembra do furor causado quando uma lanchonete de São Paulo lançou uma coxinha de um quilo. O barulho foi ainda maior por conta de uma promoção: quem comesse a iguaria em até dez minutos, nem precisaria pagar. A internet ficou em polvorosa e cada vez mais pessoas compartilharam o fato. E isso ajuda a entender o poder das “fake news”, segundo Craig Silverman, editor-executivo de mídia do Buzzfeed e antigo responsável pela empresa no Canadá. Ele foi o responsável pelo furo de reportagem que mostrou como internautas da Macedônia criavam notícias falsas para ganhar dinheiro com a publicidade.

Claro que Silverman, que foi um dos palestrantes do evento C2 em Montreal, no Canadá, nem faz ideia da coxinha de um quilo. É provável, aliás, que nunca tenha provado a iguaria encontrada em dez a cada dez bares brasileiros. Ele, no entanto, usou o exemplo de um lanche com seis hambúrgueres para ilustrar o seu ponto de vista. De acordo com o jornalista, essa imagem teria sido compartilhada milhares de vezes. Tudo isso porque gostamos de extremos.

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O maior lanche, o menor homem, o sorvete mais gostoso, a melhor forma de se livrar das gorduras… Geralmente, notícias como essas estão nos topos das mais lidas. Até aí, nenhum problema. As coisas ficam mais complicadas, no entanto, quando esse tipo de comunicação é utilizada para interesses escusos. E é exatamente o que a fábrica de fake news está fazendo.

A culpa é dos algoritmos?

Os algoritmos utilizados pelas mídias sociais, segundo Silverman, optam pelos extremos. Quanto maior a radicalização, maior o número de likes e compartilhamentos. Não à toa, os sites de notícias falsas usam e abusam de títulos chamativos.

“O extremo sempre ganha da ponderação”, diz o jornalista. “Sabemos que são notícias falsas, mas as pessoas clicam somente para provar os seus pontos de vista”.

E a tecnologia está sendo cada vez mais usada para manter essas manipulações. Veja os programas de edição que mudam os rostos das pessoas. OK, as vezes é engraçado. Ultimamente, contudo, celebridades estão vendo os seus rostos em filmes pornográficos – e de maneira bem convincente. “Quando é para colocar o rosto do Nicholas Cage pode ser legal, mas nem sempre essas ferramentas estão sendo utilizadas de maneira humorística.”

Outro exemplo dado foi a fábrica de avaliações negativas ou positivas nos sites de compra, como a Amazon. Clientes que nem consumiram os produtos fazem campanhas depreciativas para diminuir a confiança dos consumidores junto aos fabricantes. “Esse ambiente está quebrando a maneira como construimos e aplicamos a confiança”, diz Silverman.

O que fazer para evitar?

Para o jornalista, é necessário que também haja uma participação ativa dos leitores. Há passos simples que podem ser dados pelos consumidores. O primeiro deles é até mesmo reinventar a forma como interagimos com a notícia. Se antes líamos uma matéria sem questionar a veracidade, agora precisamos fazer isso a todo o momento.

Afinal, quando compartilhamos algo, estamos endossando aquele material. Logo, temos essa responsabilidade, que é exatamente o segundo passo para diminuir a proliferação dessas notícias: aceitar as nossas responsabilidades nesse processo.

A última regra é cultivar uma espécie de ceticismo emocional. Se leio ou vejo uma reportagem e isso me deixa bravo, preciso respirar e tentar entender esse sentimento. “A pessoa tem que pensar: ‘perdi o meu senso de racionalidade ao ler essa notícia? Então é melhor não compartilhar?”, diz Silverman. “Ou o futuro será bem feio.”

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