Profissionais que fazem a gestão de grandes equipes sentem, no dia a dia, a necessidade de reconhecer – seja pelos olhos, seja pelo diálogo ou até mesmo por canais digitais – angústias, tristezas e problemas pessoais que podem prejudicar a produtividade de um colaborador. Com a chegada da COVID-19, contudo, não é mais possível olhar nos olhos, conversar na hora do café, ter um diálogo descontraído e despropositado. Para conversar, agora, é preciso marcar uma teleconferência, o que tende a tirar a espontaneidade do bate-papo. Por isso, as empresas precisaram criar novas formas para descobrir como cada funcionário está se sentindo e manter o engajamento e a produtividade das equipes a distância.
Indo além do nível individual, como explica Lawrence Klein, executivo da plataforma de gestão Robbyson, tornou-se muito mais complicado também ter uma visão quantitativa, analisar a equipe como um todo, compreendendo o sentimento geral dos times. Nesse contexto, pergunta inicial feita pelo avatar da Robbyson diariamente aos funcionários — “como você está se sentindo hoje?” — ganhou um valor a mais diante de um cenário de transição no modo de trabalho e de cuidados com a saúde, inclusive, emocional. Nas empresas que utilizam a plataforma Robbyson, os funcionários são convidados a responder sobre seu humor a cada dia que fazem seu login no sistema. Os colaboradores podem responder: “tô pra baixo”, “tô de boa” e “tô top demais”.
Klein conta que, no começo da pandemia, antes de haver informações claras sobre o que seria feito a respeito da COVID-19, cresceu o índice de “tô para baixo” entre as equipes. Após os esclarecimentos sobre o plano de contingência da empresa, o humor voltou a um patamar mais elevado.
Recursos intuitivos
O acompanhamento do índice de felicidade dos colaboradores oferece informações importantes para o processo de gestão, especialmente durante o isolamento social. Mas é necessário investir em outras fontes de aproximação entre líderes e liderados na ausência do diálogo presencial. Por isso, a Robbyson ganhou novos recursos nos últimos meses, como a função de vídeo e ferramentas que facilitam o direcionamento de, por exemplo, atestados médicos e questões técnicas relacionadas ao dia a dia de trabalho.
De acordo com o executivo, a distância social se tornou pequena com o uso da ferramenta. “Para os líderes que usam a plataforma Robbyson em suas empresas, ficou mais fácil direcionar as tomadas de ação”, diz. “Percebemos, inclusive, que os líderes que mais apoiam os colaboradores são também os que performam melhor”. Outra mudança que a Robbyson permitiu perceber com a adoção do home office foi que, eventualmente, poderia haver quedas de performance relacionadas à qualidade da conexão à internet do colaborador. Para evitar esse problema, algumas empresas-cliente inclusive financiaram a compra de notebooks e também da rede de internet.
Positividade
Klein conta que, agora, o humor dos colaboradores voltou à estabilidade. Antes da pandemia, o índice de felicidade na empresa ficava entre 94% e 95% – e agora está nesse nível. Com o surgimento da COVID-19, chegou a 88%.
“Observamos que nossos clientes tiveram muita tranquilidade para migrar para o home office e, sem a Robbyson, não seria dessa forma”, argumenta o executivo. Houve clientes, por exemplo, que ampliaram o atendimento digital e, portanto, o colaborador precisou deixar de dialogar pelo telefone e começar a usar os canais digitais. Sem a Robbyson, que também transmite dicas e informações, essa mudança não seria tão simples.
+ NOTÍCIAS
Clientes: como colocá-los no topo da pirâmide
Perfis: o novo jeito de pensar no consumidor
Speech Analytics: A ciência por trás da solução