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Contas “Kids” têm se mostrado objeto de desejo de pais e filhos

Contas “Kids” têm se mostrado objeto de desejo de pais e filhos

Bancos investem em contas digitais com jornadas fluidas e seguras para crianças e adolescentes, e ajudam na educação financeira dos jovens

Em 2020, os bancos começaram a oferecer produtos voltados para crianças e adolescentes. Hoje, existem mais de 10 milhões de contas kids no Brasil. As instituições financeiras identificaram essa demanda por parte dos jovens, que foram criados em um mundo digital, e dos próprios pais, que estão cada vez mais preocupados em garantir um futuro mais estável para os filhos.

Mas, o que essas contas oferecem? Quais os riscos e benefícios elas podem trazer?

A Febraban fez uma entrevista com executivos do Next, do Itaú e do Banco Inter, para responder a essas perguntas. Além de atender a demanda dos jovens e dos responsáveis, as contas kids são uma forma de levar educação financeira para as crianças e adolescentes. Fora, que não deixa de ser uma boa estratégia para os bancos construírem uma relação com esse público desde cedo.

Gabriel Oliveira, estudante de 11 anos, tem uma conta digital em seu nome no banco Next. Ele contou à Mona Dorf, diretora-adjunta de Mídias Sociais da Febraban, que pediu para ter a própria conta para não precisar ficar levando dinheiro “vivo” para os lugares. “Muitos amigos meus já tinham e é bem mais fácil do que ficar pedindo dinheiro toda hora para os pais. É mais fácil ter um cartão, poder fazer um Pix e não ficar na mão se esquecer a carteira. Falei com a minha mãe e ela apoiou”, disse Gabriel.

A nextJoy é uma conta digital voltada para crianças e jovens de zero a 17 anos. A regra para abertura é clara: ter a anuência dos pais. Segundo Jeferson Honorato, diretor do Next, toda a jornada de adesão é acompanhada pelos responsáveis, que a exemplo dos filhos, precisam apresentar uma documentação. A nextJoy é uma conta poupança, com rendimento automático, que foi ganhando mais serviços conforme o feedback recebido dos clientes.

“É uma conta que não fica isolada na mão do menor, ela conversa com a conta dos pais. Os pais, através das suas contas seja next ou bradesco, podem acompanhar todas as movimentações que o menor está fazendo”, explica Jefferson.

Hoje, a conta kids do next oferece opções de transferências, pagamentos, pix, recarga de celular e ainda tem uma plataforma de benefícios, de mimos para os jovens, como descontos em algumas lojas. Os pais ainda podem criar jornadas para os filhos, metas dentro do aplicativo. Conforme eles vão cumprindo desafios, vão sendo recompensados.

“Transcende o conceito só do bank, dos serviços financeiros, ali tem uma plataforma de educação financeira com conteúdos que podem ser consumidos dependendo da faixa etária e também com ferramentas em que os pais podem designar missões para os filhos”, completa o diretor do Next.

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O primeiro banco a ter uma conta kids totalmente digital e gratuita foi o Inter. Atualmente, o banco tem mais de 2,5 milhões de clientes nessa modalidade, o que representa quase 10% de sua base. A ideia surgiu de uma escuta ativa que demonstrou que os jovens queriam ter uma conta para ter mais independência e os pais buscavam buscam trazer educação financeira para as crianças e também começavam a pensar na questão da previdência privada.

“Desde que o bebê nasce, a partir do momento que se tem o CPF, já é possível ter uma conta. Os pais conseguem guardar um dinheiro ali e investir, pensando no futuro da criança. Tudo isso surgiu de uma demanda do mercado mesmo. Inicialmente adotamos a estratégia de conversar mais com os pais, com uma linguagem mais madura, mas na medida em que o mercado foi amadurecendo, a gente foi transformando essa comunicação para uma linguagem mais jovem”, conta Jonas Ruas, diretor do Inter.

E tem mais. No Banco Inter, menores de idade já podem investir. De acordo com Jonas, estão liberados para esse público alguns tipos de investimento mais conservadores de renda fixa. Também ficam disponíveis para os adolescentes alguns fundos de investimento. De acordo com os objetivos deles, de curto e longo prazo, os jovens conseguem escolher a melhor forma de aplicar o dinheiro, com a ajuda de dicas dadas no próprio app.

“O objetivo dessa conta é que essa criança já comece a ter contato com o dinheiro, para ter esse aprendizado de educação financeira, ter essa experiência desde cedo”, afirma o diretor.

Já o Itaú, foi apostar em uma conta para menores de idade em agosto do ano passado. Na verdade, o banco quis se aproximar do público gamer e lançou o Players Bank. Com uma escuta ativa e da comunidade gamer, o Itaú identificou a necessidade de criar um produto financeiro voltado para ela. O Players Bank é resultado da união do poder dos influenciadores e da capacidade tecnológica do banco.

Criada em março do ano passado, inicialmente para pessoas com mais de 18 anos, a conta digital tem rendimento automático, possibilita o pagamento de contas, disponibiliza cartão de crédito, cashback e oferece uma série de benefícios no universo gamer. Desde agosto de 2022, o Itaú passou a permitir que adolescentes, a partir de 14 anos, pudessem abrir a conta. Um dos canais de atendimento disponíveis é via discord, rede de mensagens muito usada pelos gamers.

“A gente tem uma jornada de gamificação . Onde estimulamos o cliente, o jovem, a poupar. A gente tenta fazer uma alusão ao game. Se ele deixar o dinheiro sete dias parado, vai passando de fase e sendo recompensado com moedas de algum jogo. Ou seja, tentamos caminhar para a jornada de educação financeira através da jornada de gamificação”, descreve Ricardo Scussel, head de Produtos do Itaú Unibanco.

Mais vulneráveis à golpes? Não é o que parece

Uma unanimidade entre os três bancos que oferecem contas voltadas para o público jovem é que, ao contrário do que pode parecer, eles não são os mais vulneráveis a golpes. Com muita “intimidade” com o digital, crianças e adolescentes têm demonstrado uma facilidade em identificar fraudes e uma maior atenção em relação aos cuidados com os dados pessoais.

O Gabriel, de 11 anos, tem a conta nextJoy há mais de dois anos. Ele disse que nunca foi vítima de nenhum golpe e nem conhece nenhum amigo que tenha caído na “rede” de golpistas. Ricardo Scussel, diretor do Itaú, disse que a preocupação com a segurança sempre existiu e quando o Players Bank foi lançado, existia essa questão de se tratar de um público “mais sensível”.

Mesmo assim, os bancos não abrem mão do cuidado com a segurança. Isso inclui desde tecnologias como biometria facial, código i-save, até campanhas informativas nas redes sociais. Além disso, como as contas do Next e do Inter, por exemplo, são vinculadas às contas dos pais, tudo o que o menor faz na conta dele, os responsáveis visualizam no app. Segundo os executivos dos bancos, isso acaba se tornando uma camada de segurança adicional.

De acordo com uma pesquisa feita pelo next, no Brasil hoje existem 53 milhões de crianças e jovens entre zero e 17 anos, desses 24 milhões têm celular e usam redes sociais. Por isso, as contas kids têm um potencial de crescimento muito grande. A principal propaganda nesse caso é o boca a boca, feito nas escolas, nos grupos de pais no Whatsapp. E esse crescimento orgânico só é possível se a experiência oferecida for fluida, segura e capaz de gerar encantamento.



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