O Brasil está em um momento complicado. Enquanto o País luta contra um momento econômico delicado e enfrenta a pior seca nos últimos 50 anos, os consumidores brasileiros começam a descobrir que adotar práticas ecológicas pode ajudá-los a economizar dinheiro. Produtos energeticamente eficientes não só economizam água e energia, mas podem ajudar a reduzir contas.
Essa é a ideia central da Sede por Mais, uma das quatro principais tendências que impactarão o consumo em 2016, identificadas pela Mintel, agência de inteligência de mercado. Estudos da agência revelam que 39% dos brasileiros são atraídos por comprar de empresas que não agridem o ambiente. Ou seja, existem oportunidades significativas para as marcas se posicionarem como impulsionadoras de mudanças positivas e, assim, ganharem o apoio dos consumidores. ?Como a escassez de água impacta igualmente pessoas físicas e jurídicas, temos visto empresas assumindo um papel de aconselhamento, educando os consumidores sobre medidas de gestão de resíduos?, comenta Graciana Méndez, analista de tendências da Mintel.
Somando-se a isso, 37% dos brasileiros acham difícil imaginar suas vidas sem a internet. Como resultado, veremos inovações verdes virem conjuntamente com tecnologia, como o aplicativo chileno, de controle ambiental, allGreenup, que rastreia atividades pessoais diárias e recompensa ações sustentáveis.
A pesquisa da Mintel indica ainda que um quarto dos consumidores (25%) diz ser sua responsabilidade como cidadão utilizar mais produtos que possam ajudar a proteger o meio ambiente, como os biodegradáveis e recicláveis.
Além disso, outro um quarto de consumidores diz preferir refrigerantes em garrafas de vidro reutilizáveis porque são mais baratas do que as garrafas de plástico.
À medida que os brasileiros ficam mais preocupados com questões de sustentabilidade, o crescente nível de consumo e desperdício de produtos apresenta cenários desafiadores que podem se tornar oportunidades para as marcas. Por exemplo, os alimentos se aproximando de sua data de validade poderiam certamente atrair àqueles que buscam economizar dinheiro através de uma maneira ecológica e responsável.
?Como os orçamentos ficam mais apertados, o consumidor vai precisar de evidências tangíveis de como a sustentabilidade pode ser rentável. Estamos propensos a ver mais incentivos governamentais promovendo práticas sustentáveis. Por exemplo, para diminuir os níveis de poluição, o governo francês oferece bônus para quem vai de bicicleta ao trabalho. À medida que os benefícios pessoais das alternativas ecológicas fiquem mais claros para os consumidores, elas vão ser mais adotadas?, conclui Graciana.
Na segunda-feira, o site da Consumidor Moderno trará informações sobre a terceira tendência. Confira a primeira aqui. Você ainda pode baixar o estudo completo aqui.