O consumo de aplicativos segue em alta no mercado brasileiro, segundo o relatório – The State of App Marketing Brazil 2022, da AppsFlyer, empresa de mensuração e análise de dados para aplicativos.
O levantamento releva que os profissionais de marketing de aplicativos investiram US$ 1,876 bilhões de dólares somente no Android – principal plataforma de apps do país – para atrair usuários brasileiros – em todas as verticais, com exceção do universo de games.
Além dos gastos, o estudo também aponta as futuras tendências e oportunidades para os profissionais e desenvolvedores da área e traz recortes do perfil de consumo dos brasileiros nos aplicativos.
Mercado de aplicativos e seus desafios
Na análise de Marlon Luft, Diretor de Marketing da AppsFlyer, essa alta tem alguns aspectos que vale a pena serem analisados inicialmente.
Luft contextualiza: “O mercado de aplicativos no Brasil está passando por um momento adverso em 2022. As restrições de privacidade na plataforma do iOS, somadas às condições de mercado únicas que afetaram o Brasil em 2022, aprofundaram os desafios dos profissionais de marketing mobile locais, canais de mídia e demais players do ecossistema mobile. Com essas condições, esse mercado tem pouca liberdade para experimentar estratégias novas, o que faz com que eles se concentrem quase totalmente nas estratégias mais rentáveis. Ou seja, esses não são tempos fáceis, mas a boa notícia é que momentos como esse também representam uma ótima oportunidade para aqueles que souberem aproveitá-la”.
Dados e insights do The State of App Marketing Brazil 2022
Entre os principais dados e insights, o estudo revela que o mercado de aplicativos no Brasil demonstrou um cenário de desaceleração do crescimento no primeiro semestre de 2022.
Em meio à recessão econômica, inflação mundial e guerra da Ucrânia, o mercado apresentou um declínio de 1% no número de instalações mensuradas em comparação com o mesmo período de 2021.
De maneira geral, a plataforma Android representou um declínio de -3%, enquanto apps do iOS obtiveram um aumento de 18% em instalações no mesmo período.
Principais vetores dessa transformação
Dados e investimentos
- Investimentos em UA (aquisição de usuários) para aplicativos Android representam 96% de todos os investimentos em UA feitos no Brasil.
- NOI’s (instalações não orgânicas) em declínio no Brasil pela primeira vez em 4 anos, chegando em 13% no primeiro semestre de 2022.
- Queda na taxa de usuários que realizam uma compra pela primeira vez, ao longo de 30 dias desde a instalação.
- No Brasil, o share de remarketing aumentou em 9,2% no 2° trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2021.
- Média do share de aquisições de remarketing no Brasil está entre as mais altas do mundo, registrando uma média por app de 74,6% de instalações vindas de remarketing no 2° trimestre de 2022.
- Salto de 360% no uso de mídias próprias no Android e de 200% no iOS.
- Média de fraudes no 1° semestre de 2022, considerando todas as verticais de apps, foi de 12,2%, onde 10,7% são para Android e 13,6% iOS. Os números representam um declínio de -21% (Android) e aumento de 32% (iOS), em comparação com o mesmo período do ano passado.
Perfil de consumo
- Aumento de instalações nos aplicativos de finanças (50%), saúde e bem-estar (129%), e viagem (35%) no primeiro semestre de 2022.
- Android é a principal plataforma de instalações de apps no Brasil, com um share de mercado de 86,5%.
- Brasil registrou o pico mais acentuado do mundo de instalações de apps durante a Black Friday do ano passado.
- Aplicativos registraram um aumento de 44,8% nas compras in-app no segundo trimestre de 2022.
- Anualmente, pico de compras in-app ocorre naturalmente durante o período de festas do quarto trimestre, principalmente em novembro, em todas as verticais.
- Usuários consumindo cada vez mais em diferentes apps, como e-commerce (12,20%); estilo de vida (10,21%); finanças (9,02%); negócios (6,15%); entre outros.
Em tempo – O relatório The State of App Marketing Brazil 2022 apresenta uma análise de 4,5 bilhões de instalações de apps (non-games) no Brasil, contemplando 12 mil aplicativos – considerando o período de julho de 2021 a junho de 2022.
+ Notícias
Atendimento digital: onde estamos e para onde vamos?
O que significa respeito no atendimento para a geração Z?