Em uma semana comum, a maioria dos brasileiros (56%) faz refeições preparadas de forma caseira, enquanto um terço têm suas refeições preparadas em casa por outra pessoa. Além disso, 11% consomem de restaurantes e lanchonetes. A maioria dos consumidores costumam pedir comida via delivery, sendo que 43% afirmam às vezes, 30% raramente e 13% com frequência. Os aplicativos que reúnem diferentes comércios de restaurantes e lanchonetes são os favoritos desses consumidores (51%). Entre os entrevistados, 40% costumam pedir comida por delivery diariamente, enquanto 34% pedem entre três e seis vezes por semana.
Os dados do levantamento da Opinion Box sobre a alimentação dos brasileiros são baseados em uma pesquisa com mais de duas mil pessoas no país sobre seus hábitos e comportamentos nas refeições. Segundo o estudo, a maioria das pessoas entrevistadas (46%) avaliam suas alimentações como saudáveis, enquanto 11% consideram seus hábitos como não saudáveis. Além disso, 63% entendem que comem na medida certa, enquanto 29% percebem que comem mais do que deveriam.
O estudo ainda aponta os obstáculos que impedem os consumidores de manterem uma dieta mais saudável. O principal deles são os preços desses tipos de alimentos (39%), seguido pela dificuldade em manter o autocontrole (30%), a falta de tempo para cozinhar refeições saudáveis (29%) e a preferência individual por alimentos menos saudáveis (13%). Outros fatores listados pelos entrevistados são a falta de acompanhamento médico (10%), a falta de informação sobre como se alimentar de maneira saudável (9%) e a dificuldade em encontrar opções de alimentos saudáveis em suas cidades e regiões (9%).
Influência da alimentação saudável
Segundo os entrevistados, o fator que mais influencia suas decisões alimentares saudáveis são as recomendações de profissionais de saúde, apontado por metade dos consumidores. Em segundo lugar, estão as informações nutricionais nos rótulos de produtos (32%), as recomendações de amigos e familiares (26%), e conteúdos sobre o tema de saúde nas redes sociais ou na internet (22%).
A publicidade também seu papel na influência das decisões de compra de alimentos saudáveis (9%), como apontado pelos respondentes, assim como as recomendações de influenciadores digitais e pessoas famosas (7%).
Por mais que as informações contidas nos rótulos dos produtos sejam o segundo fator de maior influência nessas decisões, apenas 23% dos entrevistados as leem sempre. 27% afirmam ler os rótulos com frequência, 30% às vezes e 15%, raramente. Apenas 5% dos entrevistados afirmam nunca ler as informações nutricionais.
Vamos às compras
Mas no momento de fazer as compras de alimentos para cozinhar ou comer, são outros elementos que impactam a tomada de decisão. O critério mais apontado pelos respondentes é o preço (51%), seguido pela escolha da opção mais saudável (36%), o sabor do alimento (30%), promoções (29%), a data de validade (24%) e o valor nutricional (17%).
Outros critérios são a marca do produto (14%), a praticidade de preparar o alimento (14%), a pouca presença de agrotóxicos (9%), o tamanho da embalagem ou a quantidade de porções servidas (8%), se o produto é orgânico ou de produção local (8%) e, por fim, o valor calórico (7%).
A pesquisa também avaliou os hábitos de compra dos consumidores em relação aos canais pelos quais adquirem seus alimentos. O mais apontado pelos entrevistados são os supermercados (49%), seguidos pelos comércios de atacado ou atacarejo (15%) e os hipermercados (13%). Além desses, outros canais citados são os mercados de bairro (7%), as feiras locais (6%), sacolão (3%), produtores de agricultura familiar (2%), pela internet (2%), as lojas de conveniência (1%) e as padarias e lanchonetes (1%).
Já quando as compras são feitas por delivery, os fatores que mais influenciam a decisão de produtos são o preço (34%), a qualidade do alimento (32%), a variedade (15%), a proximidade de onde residem (13%), e a origem dos alimentos (6%).
Bares e restaurantes
Outra pesquisa, sobre o consumo em bares e restaurantes realizada pelo Sebrae em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) trouxe outras perspectivas sobre os comportamentos dos brasileiros. Segundo o levantamento, que entrevistou mais de seis mil pessoas em todas as regiões do país, apontou que limpeza e higiene dos espaços (32,4%) são os critérios mais importantes na escolha de consumir em um bar ou restaurante.
Outros fatores apontados pelos respondentes são a cordialidade, educação e conhecimento dos atendentes dos estabelecimentos (17%) e o ambiente (12,4%). O sabor da comida (10,3%) e o preço dos pratos e refeições (7,2%) ocupam a quarta e quinta posições, respectivamente, entre os principais critérios dos consumidores desses locais.
Além disso, o levantamento aponta que a maioria dos clientes de bares e restaurantes (93%) prefere consumir alimentos e bebidas nos estabelecimentos, sendo que 66,3% afirmam comer fora de casa entre duas e cinco vezes no mês. Suas motivações para sair de casa são, principalmente, ir a celebrações ou festas (76,6%) e conversar e se divertir com amigos e colegas (76,3%).