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Construindo autênticos ecossistemas de inovação

Construindo autênticos ecossistemas de inovação

De que uma forma uma cidade pode construir e funcionar como um hub de inovação para gerar novos e promissores negócios. A experiência de Austin, cidade do SXSW, traz muitos ensinamentos

No mundo de hoje, quase todas as cidades se apresentam como um hub de startups emergentes. Mas como você identifica quais têm uma história promissora e poderosa para contar? E como você encontra os principais participantes, startups que mudam o jogo e dados do mercado local que você precisa para lançar uma publicação de startup local? Você aprenderá isso e mais como Will Flanagan e Brent Wistrom, diretores da American Inno, fizeram um profundo mergulho sobre como a American Inno e a Austin Inno se expandiram a partir de um site de notícias de startups em Boston para uma rede de inovação atuante e crescente em 12 cidades dos EUA.

Quais são as características que fazem de uma cidade um potencial ecossistema de inovação? Quais os fatores de aceleração para gerar negócios e motivar empreendedores? A American Inno nasceu como uma mídia digital e expandiu a atenção para eventos, dados e mais. Ela construiu um ecossistema que reúne startups, empresas de tecnologia e empreendedores em grandes cidades dos EUA, atuando sempre de modo local em cada uma dessas cidades. Boston, Austin, Chicago, Washington DC, Rhode Island, Tampa, Minneapolis, Denver, Colorado, Richmond, Wisconsin, são algumas das cidades hoje com atuação da American Inno. A comunidade tem mais de 100 mil assinantes, 2 milhões de e-mails enviados mensalmente, 250 mil seguidores nas redes sociais, 75 eventos anuais. O objetivo é ser acessível, e também elos que unem empreendedores com outras empresas e negócios relacionados à inovação.

De olho nas startups

A iniciativa começou há 10 anos, seguindo o modelo das comunidades esportivas ou de estilo de vida. Seria possível construir uma comunidade de inovadores com abrangência nacional e atuação local? No SXSW, o American Inno selecionou as melhores oportunidades para as startups de Austin, por exemplo. A grande mídia não aborda as necessidades de startups e o ecossistema de inovação com o olhar local e com a ideia de um ecossistema que precisa se conectar. Assim, o American Inno funciona como o elemento unificador e o pivô desse ecossistema.

É natura que jornais e revistas escrevam mais sobre empresas incumbentes ou que empreguem muitos colaboradores, e não vejam quais as inovações que estão em gestação em pequenos negócios espalhados pelos EUA. A plataforma de Flanagan e Winstrom responde à essa necessidade, porque possui esse olhar mais granular, detalhado, projetando boas ideias e negócios para uma comunidade focada de inovadores.

O objetivo desse ano, é ampliar a comunidade para 20 cidades, agregando cada vez mais profissionais e empreendedores para a plataforma e ampliando o potencial de negócios. A newsletter da empresa, chamada The Beat, trabalha em cinco pilares – a grande manchete, as movimentações, dinheiro novo, comunidade e notícias diversas – e se posiciona como a grande amiga das startups, na medida em que 90% da futura capitalização de mercado para a inovação acontecerá fora do Vale do Silício em até cinco anos, conforme previsões do Sequoia Capital, um dos principais investidores de inovação dos EUA. Mesmo com esse potencial latente, ainda faltam mais Venture Capitals capazes de semear esses ecossistemas com investimentos. Outro problema enfrentando por algumas cidades é o pouco acesso a grandes talentos, seja por falta de grandes universidades, seja por conta da evasão de bons estudantes para outras universidades mais famosas. Ainda assim, mercados locais apresentam grande evolução de negócios, economia diversificada e boas empresas em seus mercados.

Características das cidades inovadoras

Uma cidade que tenha potencial para ser ecossistema precisa oferecer:

-Bom número de startups,
-Bom número de empregos em tecnologia,
-Boa oferta de cursos de engenharia,
-Aceleradoras e organizações de suporte e fomento,
-Espaços de coworking,
-Tendências de aumento da população,
-Comunidade ativa de anjos (investidores),
-Family Offices,
-Universidades,
-Custo de vida razoável,
-Renda média competitiva,
-Bom mercado consumidor,
-Empresas na lista Fortune 1000,
-Comércio diversificado,
-Jovens empreendedores, etc

Em resumo, a cidade deve combinar oportunidades, variedade e uma história interessante. Todas as cidades do ecossistema da Inno apresentam essas características. A história curiosa tem vários exemplos. Cincinnati é a cidade com grande marketing de marca (basta lembrar da P&G, maior organização de marcas da história), Nashville é uma cidade reconhecida pela música e a reputação em cuidados com a saúde, Buffalo é a sede da estrada 43North e Chattanooga é a “Gig City”, pela velocidade espantosa da internet local. Charlotte é a cidade das Fintechs e Detroit trabalha para ser a cidade das Inteligências Artificiais.

Quantas das cidades brasileiras estão criando esses posicionamentos a fim de se credenciarem para se tornarem autênticos ecossistemas de inovação? A atuação da American Inno mostra como os EUA estão procurando diversificar sua economia e descentralizar os ecossistemas para criar competição ao Vale do Silício. É a competição que pode manter viva a chama da inovação. Austin é um bom exemplo de mercado em desenvolvimento. Há muitos empreendedores, uma comunidade aberta e atuante, a capacidade de criar negócios inventivos, em que pese a ausência de grandes fundos de investimento para manter esses negócios na região quando ganham tração.

O Brasil precisa estimular a competição entre suas cidades, divorciada da ridícula guerra fiscal que só procura manter recursos advindos do Imposto sobre Serviços. É imperativo que as cidades procurem criar fundamentos e bases para gerar inovação em série, receber e facilitar a criação de startups de escala e alcance e divulgar essas iniciativas junto a investidores nacionais e internacionais. Falta ambição na gestão das cidades, que não atuam como ecossistemas, em colaboração, para formar redes mais competitivas e por isso mesmo, elas se dedicam a buscar recursos federais para oferecer serviços básicos para a população. Recursos federais são paliativos. Economias fortes que gerem inovação são mais permanentes. Mesmo São Paulo é uma cidade incrivelmente medíocre em sua atuação de fomento à inovação.

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