A confiança do empresário do comércio caiu 11,9% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Na comparação com fevereiro, o recuo foi de 1,4%, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Com isso, o indicador que mede o grau de otimismo dos empresários alcançou 74,8 pontos em abril – o quinto menor de toda a série histórica do indicador, iniciada em março de 2011.
O indicador varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
Segundo a FecomercioSP, os principais responsáveis pela queda do indicador foram os donos de negócios com menos de 50 funcionários, que diminuíram em 1,4% sua confiança em relação ao mês passado.
Entre os empresários que empregam mais de 50 funcionários a queda foi de 0,8%.
Na comparação anual, houve diferença no resultado por porte de empresa. Enquanto o índice de confiança dos pequenos empresários caiu 12,3%, entre os grandes houve alta de 4,7%.
Para a Federação, “o impacto da diminuição do consumo, em consequência, sobretudo, da escassez de renda e crédito, tende a ser mais acentuado sobre pequenos negócios do que sobre grandes empresas, que podem proteger-se um pouco mais com melhor acesso a capital, propaganda, distribuição e estratégias de marketing”.
Para a Federação, não há indícios de recuperação nem para grandes, nem para pequenos negócios nos próximos meses, apesar da trégua na queda e da relativa estabilidade da confiança neste ano decorrente da redução do pessimismo registrada entre as empresas de maior porte.
“O que ocorre é que as grandes empresas parecem estar fazendo ajustes de prognósticos depois de terem exagerado o seu pessimismo, que a rigor ainda continua grande. Outra hipótese é de que a mudança no cenário político já esteja surtindo efeito nas expectativas das grandes empresas.”