A confiança do consumidor cresceu 7% em fevereiro, na comparação com janeiro, segundo indicador da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) divulgado hoje (29). No mês, o Índice de Confiança do Consumidor atingiu 95,2 pontos.
O índice varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). O aumento, segundo os economistas da Federação, foi motivado pelo Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), um dos indicadores que compõem a pesquisa.
O ICEA registrou alta de 16,5% no comparativo com janeiro, ao passar de 57,1 pontos para 66,5 pontos em fevereiro. O Índice de Expectativas do Consumidor, por sua vez, registrou alta de 3,6%, ao passar de 110,3 pontos em janeiro para 114,4 pontos em fevereiro.
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Apesar da alta em fevereiro, essa melhora deve ser avaliada levando em consideração a magnitude do indicador, que ainda está dentro da zona do pessimismo. “Assim, é possível dizer que as oscilações registradas desde dezembro estão dentro da normalidade e apontam mais para uma acomodação no patamar de pessimismo do que para uma tendência de recuperação da confiança”, ponderou a Federação, em nota.
Essa explicação faz sentido: na comparação com fevereiro, a confiança caiu 15,6%. Ou seja, embora haja uma recuperação, há ainda muito o que se avançar para o consumidor se sentir confiante a ponto de conseguir voltar às compras.
Para se ter uma ideia, o ICEA registrou queda de 39,3% na relação anual, ao passo que o Índice de Expectativas do Consumidor caiu 0,6%.
Na análise anual, a Federação explica que os fatores responsáveis pela trajetória negativa do ICC continuam os mesmos: o mercado de trabalho com sinais cada vez mais claros de deterioração – aumentando, assim, a insegurança do consumidor em relação ao seu emprego – e a perda do poder de compra, resultado da combinação de ganhos de renda mais modestos e crédito mais caro.
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