Uma apresentação sobre a evolução do varejo, segundo o mapeamento do Google. Esse foi o elemento central de painel apresentado por Daniel Alegre, presidente da divisão de varejo e shopping do Google, no Shoptalk 2018, evento que debate o novo varejo e que acontece em Las Vegas (EUA).
Durante apresentação, Daniel afirmou que os consumidores estão mais e mais engajados no meio digital, mais e mais buscando opções de produtos e escolhas de compra. “Buscas locais que não estão perto do cliente, cresceram em comparação às buscas que estão perto dele”, afirmou Alegre. As buscas de opções para a noite e para o dia de uma pessoa em viagem aumentaram 150% no último ano, tanto quanto as buscas com comando “abra agora/acesse agora”, que cresceram três vezes no mesmo período.
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O que isso revela: que os dados são a espinha dorsal do varejo de hoje. E, ainda assim, não são tratados com a importância devida: mais de 90% da informação gerada nos últimos anos não passou por análise alguma. E só pouco mais de 1% passou por uma análise razoavelmente qualificada, número ainda menor no varejo. E o Google, por si só está aprimorando suas formas de permitir que dados sejam analisados para melhorar a experiência do cliente.
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Da omnicanalidade à personalização
O Google tem uma expertise particular em analisar inventários de informação. Pois bem, os varejistas têm grandes inventários de dados, que pode condicionar uma atividade omnicanal significativa e levar a personalização tão almejada pelo cliente e pelas empresas.
O núcleo do pensamento que deve orientar a estratégia do varejo é a assistência. Os clientes procuram por ajuda e quanto melhor ela for, melhor a rede varejista atenderá as expectativas dos clientes. Assistência significa trazer inteligência digital para as lojas, como aplicativos de Realidade Aumentada que permitem aos clientes projetar como ficarão objetos diversos em suas casas.
Por isso, o Google lançou uma biblioteca da Realidade Aumentada na Play Store. O Google Pay, por sua vez, foi desenhado para reduzir fricção e atritos no processo de pagamento, facilitando a retenção e a lealdade mesmo em trânsito.
“Experiência aliada à satisfação do cliente levam ao sucesso no varejo”, afirma Alegre. “O consumidor omnicanal está à procura de personalização e essa busca vai de encontro ao que o Google Assistant é. Ele traz uma compreensão do contexto do cliente e o checkout fluido, natural e fortemente frictionless”, complementa o executivo.
Para Alegre, a personalização envolve não só a escolha, mas a forma de pagamento, a conveniência e o local de entrega ou retirada do produto. Hoje, mais do que nunca, há bilhões de consumidores que podem ser acessados, cada um individualmente. Essa característica faz do Google a fonte de tráfego número 1 para os varejistas.
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Shopping Actions
“O consumidor quer imediatismo e o Google pode responder a esse imediatismo em parceria com os varejistas, direcionando tráfego que manifeste predisposição para aproveitar uma oferta ou experiência disponível”, destaca Daniel Alegre, revelando o Shopping Actions, uma nova plataforma capaz de aumentar as vendas sensivelmente. Um piloto com a Target aumentou 20% as vendas de lojas participantes e usuárias do programa. Google Assistant, Cloud, Pay, Shopping Actions e ArCore formam um Suite que pode facilitar imensamente a digitalização do varejo.
Pois bem, o Shoptalk mostra diversas plataformas de soluções voltadas para facilitar a integração das operações de varejo a um mundo digital, não só nos EUA, mas também em outros mercados, Brasil incluído. A dificuldade geral, nota-se, é como escolher a melhor opção é a alternativa mais aderente à própria cultura para efetivar ou alavancar essa transformação.
Ainda assim, é fato que o Google construiu um portfólio respeitável de boas soluções que podem ajudar o varejo a transformar intenção de compra em venda efetiva.
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