O comerciante paulistano anda pessimista com relação a muita coisa. Tanto que no primeiro mês do ano, a confiança dele caiu 17% na comparação com janeiro de 2014, chegando a 99,1 pontos, segundo o Índice de Confiança do Empresário do Comércio no Município de São Paulo (ICEC) da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo)
O indicador varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total). Essa queda em São Paulo segue o pessimismo verificado entre os comerciantes de todo País. Segundo números divulgados na semana passada pela Confederação Nacional do Comércio, a queda na confiança em janeiro chegou ao menor patamar histórico.
Em São Paulo, segundo a FecomercioSP, os três componentes do índice registraram queda em relação a janeiro do ano passado. No período, a confiança dos pequenos empresários caiu 17% e a dos grandes 19,4%.
Para a FecomercioSP, os resultados mostram que há indícios de um período de insegurança por parte dos empresários, especialmente porque essa tendência tem se repetido desde 2013. As quedas estão relacionadas à desaceleração do nível de atividade econômica, em que o recuo no ritmo de crescimento das vendas do varejo e a persistência da inflação continuam abalando a confiança dos empresários do comércio quanto ao ciclo do consumo ao longo do ano.
O que demonstra que a situação está pior é a passagem de dezembro para janeiro, quando houve uma piora no nível de confiança, que caiu 2,8% no período.
Considerando os componentes, a maior queda foi verificada no Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), que caiu 4%. A propensão a investir também está menor, pois o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) caiu 2,2% no período.
O sentimento de insatisfação dos empresários em relação ao momento atual seguiu persistente, como demonstra a queda de 1,3% no Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC).Na análise por porte, o maior impacto veio das empresas com menos de 50 empregados, que reduziram a confiança em 3%.
Apesar do cenário, a Federação acredita que, “feitos os ajustes macroeconômicos necessários – principalmente com cortes de despesas e não com aumento de impostos -, 2015 será desafiador, mas resultará em perspectivas mais positivas para os próximos anos”. É esperar pra ver.
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