Todo mundo já se acostumou ao código de barras dos produtos. Há, inclusive, quem tenha tatuado a ferramenta em alguma parte do corpo. No entanto, os consumidores entendem sua utilização? Essa foi uma das perguntas que a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, organização sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global, revelou com o estudo “Consumidores e Empresas: Tendências e comportamento no mercado nacional”.
A ideia do estudo (a parte que se refere aos consumidores, pelo menos) é acompanhar o consumidor brasileiro para compreender seu comportamento de compra e sua percepção de uso do código de barras e de outras tecnologias, hoje e no futuro.
Que a tecnologia vem alterando a maneira como as pessoas fazem compras, não é exatamente uma novidade. Especialmente com o advento da internet, que permitiu não só a criação de um comércio eletrônico, como também, na medida em que a conectividade aumentava, deu mais poder ao consumidor. Agora, eles entram em uma loja carregando a concorrência na palma da mão.
Essa foi uma das constatações do estudo: a presença do dispositivo móvel incorporado à decisão de compra. O consumidor quer o usar o celular para tudo, incluindo acompanhar no futuro a data de validade dos produtos que consome. Sempre há um aplicativo que o atende, desde a consulta de preços à comparação da qualidade dos produtos.
Segundo o estudo, 83% dos entrevistados afirmam que a internet é o seu meio de buscar informações. Menos da metade (41%) prefere ir às lojas pessoalmente para a pesquisa, 22% buscam sugestões de amigos e familiares e 21% usam aplicativos de smartphones. Anúncios de televisão, jornais e revistas e contato com fabricantes são as opções menos escolhidas. No gráfico abaixo, o que mais o consumidor consulta sobre produtos de seu interesse, tipo de informação:
Falsificação e segurança
Cada vez mais preocupado com qualidade, o consumidor está mais atento a ofertas de produtos falsificados, que é alta no Brasil (costuma ser alta em países com grande diferença de rendimentos entre a população). Essa preocupação, pode ser uma das razões pelas quais os consumidores passaram a compreender melhoro o código de barras.
De acordo com o estudo, 44% do público entrevistado entende que o código de barras pode ajudar no combate à falsificação e proporcionar rastreabilidade, identificação e confirmar autenticidade do produto. O consumidor entende que esses são os principais motivos pelos quais o código de barras o auxilia na proteção por produtos originais. Porém, 43% dos entrevistados ainda desconhecem a capacidade de armazenamento de dados dos códigos de barras presentes no sistema GS1 e não aproveitam esse recurso para identificar os produtos que mais atenderão suas necessidades.
No entanto, o público demonstra perceber que o código de barras pode ser uma fonte de entrada de informação no smartphone. No futuro, na visão dos entrevistados, a ferramenta pode se tornar uma referência para informações gravadas nos dispositivos móveis.
Utilidades do código de barras:
E o que deve mudar em relação às compras?
O brasileiro acredita que novas tecnologias surgirão e mudarão a forma como ele visita o varejo. Ainda não sabe se é por meio de aplicativos, inteligência artificial ou código de barras. Mas acredita que a tecnologia vai revolucionar ainda mais sua forma de ir às compras. Por isso, entende que terá cada vez mais comodidade e poderá comprar sem sair de casa e com mais segurança. A experiência de compra também será impactada. Ele deseja até mesmo comprar via realidade aumentada.