A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou para baixo, pelo segundo mês consecutivo, as expectativas de crescimento das vendas de final de ano. A projeção agora é de 2,3%.
A expectativa atual é menor que do que o desempenho de 2013 (+5,1%) e inferior às previsões recentemente realizadas pela Confederação para essa data (+3,0% em setembro e +2,6% em outubro).
Segundo a Confederação, alguns fatores contribuíram para a revisão da expectativa, como crédito mais caro, a inflação ainda elevada e a desaceleração no mercado de trabalho.
Segundo o economista da CNC, Fabio Bentes, a cesta de bens e serviços mais demandados no Natal acumula variação de 5,4% de inflação nos últimos 12 meses.
?A oscilação é inferior à observada nos últimos quatro Natais. Em 2013, a inflação média desses produtos foi de 6,4%?, afirmou Bentes, em nota.
Os bens e serviços mais consumidos no Natal e que tiveram maior aumento na evolução dos preços em relação a 2013 foram eletrodomésticos e equipamentos (+14,0), utensílios e enfeites (+7,4%) e perfume (+6,9%). Já os itens que apresentaram maior queda no mesmo período foram passagens aéreas (-9,6%), TV, som e informática (-4,8%) e, por último, CD e DVDs (-3,6%).
Em números absolutos, a revisão não pesou tanto: era estimado um faturamento de R$ 31,7 bilhões no varejo neste ano. Agora, o valor estimado passou para R$ 31,5 bilhões.
Com as vendas apresentando o menor crescimento da última década a CNC revisou também para baixo a expectativa de vagas a serem criadas para a data. A expectativa atual (137,9 mil vagas) representa um avanço de 0,3% ante o Natal de 2013.
A previsão inicial era de um aumento de 0,8% no contingente de trabalhadores temporários foi revista para 0,7% em outubro.
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