Não é exagero dizer que tudo na vida tem juros. Como aponta o economista Eduardo Giannetti em seu livro O Valor do Amanhã, os juros são um fenômeno natural universal. Da mesma forma que deixar de pagar um valor imediatamente traz repercussões futuras, nossas decisões adiadas também trazem seus retornos.
O livro aborda de forma fascinante como as decisões presentes influenciam diretamente nosso futuro pessoal e coletivo. Giannetti explora o conflito entre prazeres imediatos e benefícios a longo prazo, ressaltando o impacto econômico e ético das escolhas feitas diariamente. Com exemplos cotidianos e análises econômicas, o livro reflete sobre o peso da impulsividade versus a disciplina financeira.
“O juro é, antes de tudo, o preço do tempo. É a compensação que se pede ou se oferece para transferir poder de compra de um momento do tempo para outro. Cada um de nós faz todos os dias essa troca, mesmo sem perceber, sempre que prefere consumir ou deixar de consumir, trabalhar ou descansar, poupar ou gastar. E a taxa de juros que aceitamos, implicitamente ou explicitamente, revela o valor que atribuímos ao tempo em nossa vida.”
Valorizando o hoje
O autor também investiga como a percepção humana do tempo afeta nossas decisões econômicas, discutindo desde hábitos pessoais até políticas públicas. Ele demonstra como uma sociedade que prioriza exageradamente o imediatismo pode comprometer seu desenvolvimento sustentável, gerando dívidas sociais, ambientais e econômicas significativas.
Essa reflexão ajuda o leitor a entender o porquê de certas economias prosperarem enquanto outras falham.
“O valor do amanhã depende do que fazemos hoje. A taxa de juros que aceitamos em nossas decisões é uma medida do quanto valorizamos o futuro em relação ao presente, do quanto estamos dispostos a esperar por algo melhor em vez de nos contentarmos com o imediato.”
Giannetti convida o leitor a repensar seus hábitos financeiros e seu comportamento diante do tempo, incentivando decisões mais conscientes e planejadas. O livro provoca uma reflexão importante sobre como valorizar o amanhã pode gerar benefícios duradouros, despertando no leitor o desejo de entender melhor os conceitos para transformar sua própria realidade financeira e social.
Seminário CCX
Se tudo na vida tem juros, o setor de crédito e recuperação passa por enormes desafios: garantir uma oferta de crédito responsável e personalizada, uma experiência fluida e empática, além de criar caminhos para uma recuperação suave.
Mesmo quatro anos após a criação da Lei do Superendividamento, o Brasil segue com mais de 70 milhões de inadimplentes. Ou seja, os desafios práticos persistem, ainda mais em um cenário de juros altos, falta de educação financeira e a ascensão meteórica das apostas online.
Esses e outros temas serão abordados no Seminário Credit and Collection Experience (CCX). Com palestras e mesas com alguns dos maiores especialistas do setor de crédito e recuperação, o evento coloca em pauta a transformação do cenário de crédito brasileiro. Garanta já a sua participação e não fique de fora!
Rock and AI
Na CM News, newsletter da Consumidor Moderno, contamos a história da banda The Velvet Sundown. Ao ouvir as composições, é possível pensar em algumas referências: Bruce Springsteen, Bob Dylan e até uma pequena dose de Oasis. No entanto, diferentemente desses artistas, o novo grupo tem algo único: ele não existe.
A banda é, na verdade, gerada por Inteligência Artificial e já soma quase 1 milhão de ouvintes mensais no Spotify. O que começou como uma brincadeira tomou proporções até hoje inéditas. Na conta no X, The Velvet Sundown chegou a negar a criação generativa e ainda acusou veículos de mídia de nunca terem entrado em contato com seus integrantes para comprovar a acusação.
Today is gonna be the day baby. #1M pic.twitter.com/4tptAXEl16
— The Velvet Sundown (Real Band) Official 🎸🎶🎧 (@Velvet_Sundown) July 4, 2025
Com um novo lançamento previsto para os próximos dias, The Velvet Sundown revela um novo paradoxo na indústria musical: o engajamento se deve à qualidade do conteúdo ou às estratégias de marketing bem-sucedidas?
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Analfabetismo esclarecido
Em Novo Esclarecimento Radical, a filósofa Marina Garcés propõe repensar a autonomia em uma era de crises e interdependências.
Garcés critica o consumo de informação sem transformação e a ideia de “cidadãos espectadores”. Para a autora, hoje encontramos um “analfabetismo esclarecido“, no qual acreditamos saber muito sobre diversos assuntos, mas com pouco pensamento crítico.
Com linguagem acessível, a filósofa propõe uma atitude de “inconformismo lúcido”. O livro é um convite para tornar o conhecimento uma prática transformadora, criando novos sentidos de liberdade em tempos de incerteza. Afinal, na era da IA, o pensamento crítico é chave para diferenciar aqueles com capacidade de se adaptar ao futuro e criar novas estratégias para um mercado em constante evolução. Vale conferir!
Já dizia Lulu Santos: deixa estar
Recém lançado no Brasil, Deixa pra lá: a Teoria Let Them apresenta um antídoto poderoso para a sobrecarga emocional: aprender a soltar o controle sobre aquilo que não está ao nosso alcance.
A autora Mel Robbins defende que, muitas vezes, gastamos energia tentando agradar, controlar expectativas alheias ou evitar críticas, quando, na realidade, a verdadeira liberdade está em permitir que as pessoas façam o que quiserem – e seguir adiante com a própria vida.
Com exemplos práticos, a autora compartilha histórias pessoais e estratégias para aplicar a prática no dia a dia, desde interações familiares até o ambiente de trabalho. A mensagem central é clara: deixar que os outros sejam como são é uma das maiores demonstrações de autocuidado e inteligência emocional que se pode cultivar.