As especialidades de Mark Amerika parecem de outro mundo. Artista de mídia, romancista e teórico da cultura digital são apenas algumas de suas habilidades. Ele já marcou presença em exposições em instituições consagradas, como o Whitney Biennal of American Art, Denver Art Museum e o Institute of Contemporary Arts de Londres. É também professor da Universidade do Colorado.
Por essa combinação de conhecimentos, não surpreende que seu livro My Life as na Artificial Creative Intelligence seja tão incomum e fascinante. Na obra, ele tenta – entre muitos objetivos – questionar: é possível que artistas tenham algo em comum com as máquinas?
Para isso, recorre a uma literatura híbrida: arte, poesia, teoria, ficção e ciência se misturam para explorar a interseção entre a criatividade humana e a Inteligência Artificial.
Sensibilidade criativa da IA
Além de tudo, o livro é uma espécie de performance. Mark Amerika utiliza um gerador de texto baseado em IA e, assim, aplica uma técnica de improvisação de perguntas e respostas. O resultado é o que ele chama de Inteligência Criativa Artificial, refletindo e amplificando os processos criativos inconscientes do autor. Em outras palavras, essa combinação única entre a criatividade humana e o potencial da tecnologia são capazes de gerar uma terceira coisa, uma forma híbrida.
A consequência dessa combinação é um desafio a tudo o que conhecemos por autoria e originalidade. Utilizando o conceito de “automatismo psíquico”, inspirado em movimentos como o Surrealismo e o Jazz, Amerika descreve um estado criativo além da consciência. E o mais fascinante: tanto os seres humanos quanto as máquinas são capazes de alcançá-lo.
A abordagem pouco convencional da IA é também uma crítica à forma como a tecnologia é desenvolvida e utilizada hoje. Para Amerika, mais do que replicar comportamentos e o funcionamento neural humanos, a Inteligência Artificial deve, cada vez mais, desenvolver sua própria estética e sensibilidade criativa.
E-book IACX
Falando na interseção entre humanos e máquinas, o seminário IACX, realizado pela Consumidor Moderno e pelo Grupo Padrão, buscou explorar como a combinação dessas duas inteligências podem revolucionar a experiência do consumidor. Afinal, a Inteligência Artificial está no caminho para nos tornar cada vez mais humanos, empáticos, eficientes e encantadores.
Mas, na era da IA emocional, a implementação da tecnologia demanda um conhecimento aprofundado do cliente, integração de dados e canais, e muita humanização. Como fazer tudo isso e ir ainda mais além?
Você pode conferir tudo o que rolou no evento no e-book exclusivo do IACX! Baixe já a sua versão!
Pensamento não óbvio
Durante a semana, na CM News – clique aqui para se inscrever –, demos outra dica necessária para a era da IA. É o livro Non-Obvious Thinking: How to See What Others Miss, Rohit Bhargava, que nos convida a romper com padrões mentais automáticos e enxergar oportunidades onde a maioria apenas vê o óbvio.
O autor apresenta uma metodologia prática para exercitar o pensamento crítico e fugir do “ruído” informativo, tão comum na era digital. Ao explorar temas como empatia, curiosidade e contradição, Bhargava demonstra como essas habilidades são essenciais para inovar em qualquer área – do marketing à liderança.
Afinal, oferecer uma experiência de excelência vai muito além de observar números e planilhas. Demanda a compreensão do comportamento humano, das tendências que vão e que ficam, e das emoções que participam de cada decisão de compra. Mais do que prever o futuro, trata-se de treinar o olhar para percebê-lo antes dos outros. Vale a leitura!
Anderson Spider Silva
No mais novo episódio do Boteco da CM, videocast da Consumidor Moderno, recebemos Fábio Magalhães, superintendente de Clientes do Banco BMG, que compartilhou as estratégias da organização para oferecer uma experiência cada vez mais resolutiva, encantadora e ágil.
Na saideira desse papo, Fábio falou de sua admiração pelo lutador Anderson Silva, um dos campeões brasileiros que deixou sua marca no esporte e provocou uma quebra de paradigma.
No CM Indica, recomendamos o livro do atleta: Anderson Spider Silva. Nele, Silva compartilha sua perspectiva sobre o esporte, sua trajetória até se tornar campeão e reflexões que só quem esteve dentro do ringue é capaz de fazer. O mais interessante é ver como Anderson Silva foge do estereótipo de um lutador, com gentileza, calma e disciplina formam um esportista de alta performance.
Saúde mental e CX
Para encerrar, sugerimos dar uma olhada no novo estudo da CX Brain sobre o impacto da saúde mental na experiência do cliente. Acredita, essa conexão é mais próxima do que você imagina.
A partir de dados de empresas participantes do Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente 2025, o estudo identificou que as organizações finalistas do reconhecimento contam com mais programas internos voltados para o bem-estar dos colaboradores.
Para se ter uma ideia, entre as finalistas, 98% contam com práticas internas de saúde mental, como Ambientes Inclusivos, Canais de Comunicação e Espaços de Descompressão. Já entre as não finalistas, o número cai para 82%.