A pressão sobre o CEO da rede britânica de supermercados Tesco aumentou com a revelação de que a PwC, empresa que realiza a auditoria contábil da varejista, havia avisado o Conselho de Administração da empresa a respeito de erros na forma de contabilização das negociações com fornecedores. Esses erros geraram uma diferença da ordem de US$ 408 milhões no lucro projetado para a companhia e, quando revelados no início da semana, provocaram a suspensão de quatro executivos e colocaram o CEO Richard Broadbent em uma posição delicada.
De acordo com o jornal britânico The Telegraph, a PwC alertou o board da Tesco em maio a respeito da forma como as transações comerciais com os fornecedores estavam sendo lançadas no balanço, devido ao risco de manipulação dos números para que apresentassem resultados melhores. Ken Hanna, presidente do comitê de auditoria da Tesco, respondeu aos auditores dizendo que embora a receita comercial responda por uma parcela relevante do faturamento da empresa, os gestores consideravam como ?apropriados? os controles vigentes e o risco nessa área como ?mínimo?.
O CEO da Tesco declarou ontem que não pretende renunciar ao cargo em virtude do escândalo contábil e afirmou: ?os acionistas terão de decidir se faço parte do problema ou da solução?.
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