Muito se fala sobre o uso de celulares no avião e o que isso pode significar em termos de ameaça à segurança do voo. Nos Estados Unidos, mais de 1.300 jatos foram construídos com cabines vulneráveis, sinais de rádio, wi-fi e celular.
A Administração Federal de Aviação (FAA, sigla em inglês) da NASA firmou o prazo de novembro de 2019 para a substituição das unidades com cabines que foram fabricadas pela Honeywell International. Vários aviões pelo mundo todo estão sujeitos e vulneráveis a problemas de interferência – esses problemas podem causar falhas nos visores de velocidade, navegação e altitude.
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Já a Boeing, que é fabricante das aeronaves, só descobriu a interferência durante um teste de laboratório em 2012. A companhia reitera que o problema não foi encontrado em outras naves. O mais assustador de toda essa história é que os 737 afetados são parte da Próxima Geração, antecessores do Boeing Max, modelo de dois acidentes recentes que aconteceram em menos de cinco meses.
A interferência de celulares em voos já se materializou uma vez. Em setembro do ano passado, um jato do modelo 737-700 apresentou falhas nos visores de informações. Os pilotos assustados decidiram que a melhor decisão era um pouso emergencial.
Usar celular no avião pode ser um perigo real
Apesar de ter aberto a discussão, a FAA não estipulou em qual nível esses sinais são perigosos. Muitas companhias permitem o voo com o celular ligado e em modo avião, onde o uso do wi-fi é possível. Seria esse outro perigo? Ainda não se sabe.
E não para por aí. Só nos últimos três anos, dezenas de casos foram reportados ao Sistema de Relatórios de Segurança da Aviação da Nasa por pilotos que enfrentaram os problemas em jatos da Boeing. Os modelos eram o Boeing NG e o 777, os mesmos que não passaram nos testes.
Os perigos das interferências podem causar uma falha no pouso e até tirar o avião da pista. Considerado um evento raro, nos últimos anos tem acontecido com uma frequência maior do que a esperada. A maioria das companhias aéreas recomendam que os aparelhos fiquem desligados. Algumas oferecem rede de internet e permitem o uso do aparelho na nave.
— Consumidor Moderno com informações do InfoMoney e Revista Superinteressante