O Carnaval deve voltar a ajudar o País a movimentar o consumo ligado ao turismo em 2018. Após três anos seguidos de queda, a receita durante a data deve ser positiva e somar R$ 6,25 bilhões em todo o País.
Os dados são da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Os números mostram que os segmentos que mais devem movimentar o consumo no País são bares e restaurantes, que devem somar R$ 3,6 bilhões.
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Transporte rodoviário e serviços de alojamento em hotéis e pousadas vêm em seguida, com R$ 1,03 bilhões e R$ 705,6 milhões, respectivamente.
Esses três segmentos respondem por mais de 85% de toda a receita gerada no período.
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Reação
De acordo com a CNC, a principal razão para a reação no setor está no comportamento recente da inflação. Produtos e serviços tipicamente mais demandados nessa época do ano registraram variação média de 4,4% nos 12 últimos meses, o menor patamar desde 2007 (+3,5%).
“Apesar da menor inflação, os gastos com lazer demoraram a reagir devido ao orçamento ainda apertado por conta da lentidão na recuperação do emprego e da renda”, explicou Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC.
Estados
Considerando os estados, o Rio de Janeiro, ainda considerado o que registra maior movimento durante o Carnaval, devem movimentar R$ 1,9 bilhão. São Paulo, por sua vez, deve somar R$ 1,7 bilhão. Juntos, esses dois Estados devem concentrar 62% da receita.
As movimentações em Minas Gerais também são destaque. O Estado deve movimentar R$ 567,6 milhões. Bahia, Ceará e Pernambuco, juntos, devem movimentar mais de R$ 1 bilhão.
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Contratação
Se o movimento de consumo deve ser positivo, o mesmo se pode dizer das estimativas de contratação. Segundo a CNC, entre janeiro e fevereiro, 19,3 mil trabalhadores temporários deverão ser contratados, 8,9% a mais do que no Carnaval do ano passado.
Com cerca de 13,7 mil vagas ofertadas, o segmento de serviços de alimentação deverá responder por 70% das oportunidades de emprego.