A Bassar Pet Food anunciou que está realizando um recall de todos os produtos da marca junto aos clientes e que recolheu todas as linhas das lojas parceiras em todo território nacional. A decisão foi tomada depois de análises feitas pelo Ministério da Agricultura, pela Polícia Civil de Minas Gerais e pela UFMG indicarem a presença de etilenoglicol, uma substância tóxica para animais e humanos, em produtos Bassar. Até o momento, segundo a Delegacia Especializada na Defesa do Consumidor de Minas Gerais, pelo menos 40 cães morreram após ingerir os petiscos da marca em vários estados do Brasil.
A delegada Danúbia Quadros, responsável pelas investigações, afirmou que só em Belo Horizonte foram registrados 8 casos de morte e 6 casos de intoxicação por produtos das linhas Snac Cuidado Oral Hálito Fresco, Dental Care e Everyday.
Como Minas Gerais foi o primeiro estado a começar a investigar o caso, tutores de todo o país procuraram a Delegacia de Defesa do Consumidor de lá para denunciar situações semelhantes. De acordo com a delegada, além de Minas, mortes de cachorros após a ingestão de petiscos Bassar já foram registradas em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Goiás, no Rio Grande do Sul, no Paraná, em Santa Catarina, em Alagoas, no Sergipe e no Distrito Federal.
A perícia da Polícia Civil de Minas identificou a presença de etilenoglicol em alguns produtos que foram apreendidos e periciados, após serem entregues por tutores. O resultado vai de encontro ao que havia constatado a UFMG, após a necropsia dos corpos de dois animais que morreram com suspeita de intoxicação pelos produtos investigados. A delegada afirma que a Bassar está sendo investigada pelo crime de venda de produtos impróprios para o consumo, mas que as investigações ainda estão no início.
“Nossa recomendação agora aos tutores é que observem os animais e caso eles apresentem sintomas como vômito, diarreia, prostração ou convulsões procurem imediatamente um médico veterinário. Depois disso, recomendamos que a pessoa vá até a delegacia mais próxima registrar a ocorrência, levando o produto para ser apreendido e periciado. Em casos de morte, o corpinho dos animais também podem ser disponibilizados para necrópsia”, orientou Danúbia Quadros.
A Bassar reforçou em nota publicada ontem que o etilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa da sua cadeia de produção e que após a constatação da presença da substância tóxica em seus produtos está apoiando os órgãos competentes nas investigações. Segundo a empresa, a análise feita pelo Ministério da Agricultura aponta que o propilenoglicol, insumo usado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, estava contaminado com o etilenoglicol.
No posicionamento, a Bassar diz ainda que o ofício 424/2022 do MAPA alerta todas as empresas do setor de alimentação animal que costumam adquirir o propilenoglicol com o mesmo fornecedor da Bassar sobre o risco de contaminação da matéria prima. O ofício orienta ainda que essas empresas também retirem imediatamente produtos das lojas.
Além do recall e da retirada dos produtos das lojas, a Bassar interrompeu a produção em sua fábrica na última semana. A empresa informou que em complemento às investigações oficiais, estão sendo finalizados trabalhos de perícia em todo o processo de produção, maquinários e em toda a matéria prima que compõe seus produtos. Até o momento, segundo a Bassar Pet Food, as análises estão indo de encontro aos resultados encontrados pelas autoridades.
Ainda na nota publicada em seu site, a Bassar afirma que, de modo preventivo, a está retendo em todo território nacional todos os produtos produzidos em sua planta fabril até que os laudos definitivos sejam concluídos.
“A Bassar Pet Food se solidariza com todos os tutores de pets – a razão de nossa empresa existir”, completou a empresa. Os consumidores com problemas com produtos da Bassar, podem tirar dúvidas pelo e-mail [email protected].
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