O brasileiro está menos pessimista em relação a sua própria situação econômica, mas ainda prefere guardar dinheiro a aumentar o volume de compras ou pedir crédito na praça.
As informações estão no relatório de Perspectivas para 2017, feito pela ACREFI em pareceria com Kantar TNS. O documento avalia ainda como o brasileiro vê a situação econômica do País como um todo.
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Própria situação
Segundo o relatório, o brasileiro está pouco animado sobre aumentar o poder de compra. Em junho, 41% dos entrevistados disse acreditar que a capacidade de comprar itens para casa vai permanecer como está, o número é um pouco maior do que abril deste ano que registrou 39%.
Sentimento parecido surge quando questionado sobre a capacidade de fazer investimentos. A maioria (38%) acredita que a sua situação pessoal não vai mudar nos próximos meses. O mesmo pensamento acontece quanto a situação financeira pessoal como todo. A maioria (38%) acredita que nos próximos meses terá as mesmas condições atuais.
Para boa parte dos brasileiros (43%) o padrão de vida que possui hoje será o mesmo dos próximos meses.
Dinheiro no bolso
Segundo a pesquisa, a maioria dos brasileiros pensa em guardar dinheiro ao invés de gastá-lo. Economizar é a prioridade para 84% dos entrevistados e se mantém como tendência estável para os próximos meses.
A tendência de manter o dinheiro no bolso é reflexo do medo do desemprego. Sessenta e sete por cento dos entrevistados dizem não se sentir seguro no atual emprego e 72% acredita que o número de desempregados no País irá aumentar. Ambos os índices de temor de perder o emprego são os maiores registrados desde abril de 2015.
Por isso, fazer financiamento não está no radar dos brasileiros. A reportagem indica que 84% não pretende financiar nada nos próximos meses. O mesmo ocorre com pedido de crédito, onde 80% dos brasileiros dizem que não estão dispostos a pedir crédito.
Dívidas
O número de pessoas com pendências financeiras está caindo, segundo o levantamento. Em junho deste ano, 68% dos brasileiros se disseram endividados frente aos 79% avaliados no mesmo mês de 2016.
A maior dívida continua sendo de cartão de crédito para 74% dos brasileiros.
O número dos que não tem dividas cresceu (32% contra 21% em relação a 2017), mas os endividados ainda são maioria (68%) em comparação aos 79% de 16. Maior divida continua sendo cartão de crédito (74%).
Principais impactos
O índice da inflação é importante para 86% dos brasileiros quando decidem fazer ou não algum tipo de financiamento. A percepção da inflação de produtos também impacta no padrão de consumo de 96% dos brasileiros.
A população também não sente confiança na melhoria da situação econômica. Em abril, 15% disse acreditar que o Brasil melhorava a partir do segundo semestre deste ano, mas em junho os confiantes caíram para 6%.
A maioria continua acreditando que o Brasil vai ter melhorias na situação econômica em 2018 (47%) ou não sabe dizer quando isso acontecerá (47%).
A pesquisa avaliou ainda o que o brasileiro considera importante para melhorar a própria situação finaceira. Confira no infográfico.