O Brasil voltou a estar entre as maiores economias do mundo, segundo um estudo da agência Austin Rating. Pelo levantamento, o país, que ocupava a décima terceira posição no final de 2021, deu um salto no primeiro trimestre de 2022 e ocupa, atualmente, a décima posição, ultrapassando a Rússia, a Coreia do Sul e a Austrália.
Nesse sentido, em meio a recente melhora da economia brasileira, muito se tem discutido sobre o futuro do país e as possíveis melhorias que devem ser realizadas pelos órgãos públicos, em parceria com as instituições privadas e a população, para que o país se recupere das últimas recessões com resiliência.
A fim de traçar alternativas viáveis para que esta meta seja alcançada, a McKinsey & Company, empresa de consultoria empresarial americana, organizou um relatório entre os anos de 2013 e 2014, com atualizações em 2018, focado em propostas a serem colocadas em prática pelo Brasil até 2030 nos campos de desenvolvimento econômico, infraestrutura, educação, saúde, segurança pública, governança e gestão e engajamento do cidadão.
Pensando nisso, reunimos as principais ideias apresentadas em cada um dos segmentos listados, garantindo assim que este debate seja passado adiante pelos brasileiros e exerça impacto direto no futuro da nação. Confira!
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Desenvolvimento econômico:
inclusão e sustentabilidade devem falar mais alto
Visando aumentar a qualidade de vida dos brasileiros por meio de um modelo de crescimento sustentável e para todos, o relatório prevê como objetivos a serem cumpridos os seguintes tópicos: dobrar o PIB per capita até 2030; diminuir índice de Gini e posicionar-se no 3o quartil do ranking mundial; e acelerar crescimento da produtividade brasileira.
O estudo prevê ainda seis tendências voltadas para esta temática, sendo elas:
● Obter um bom aproveitamento das riquezas geradas por meio das habilidades brasileiras de fazer negócios;
● Desenvolver acordos de livre comércio e realizar melhorias na infraestrutura para melhorar o relacionamento com as potências globais;
● Investir na especialização dos trabalhadores, visando a redução do trabalho informal;
● Digitalizar os serviços públicos;
● Apostar na inovação e nas condições favoráveis para o aumento da competitividade;
● Combater a desigualdade de gênero no mercado de trabalho
É válido lembrar que o Brasil tem um longo caminho pela frente até atingir tais objetivos. De acordo com o mesmo relatório, o país tem a sétima pior distribuição de renda segundo o índice Gini (2010-2015) e mais de 80 milhões de brasileiros recebem um salário muito inferior ao exigido para terem acesso a bens e serviços essenciais.
Além disso, nota-se que o salário das mulheres para os mesmos trabalhos executados pelo sexo oposto são até 53% inferiores, mesmo que elas tenham mais experiências acadêmicas. Os dados foram obtidos através de pesquisas realizadas por instituições como Oxfam, IBGE, McKinsey Global Institute e Banco Mundial.
Educação: expectativas para a expansão do acesso à educação básica e superior crescem no Brasil
Com o objetivo de garantir educação de qualidade para os brasileiros, são estabelecidas as seguintes metas para os próximos anos:
● 95% dos jovens com idade até 19 anos em 2022 devem ter acesso à educação básica;
● 60% dos adultos entre 25-34 anos devem ter acesso a ensino superior ou técnico;
● Até 2030, é preciso estar entre os 30 primeiros países do PISA;
● Até 2030 é necessário alcançar todos os estudantes com aprendizado adequado para as suas séries.
Dentre as principais soluções apontadas pelo McKinsey para atingir estes objetivos estão:
● Investir em educação integral;
● Reformular o ensino médio;
● Introduzir a Base Curricular Nacional;
● Valorizar a carreira dos professores;
● Inserir nas escolas a cultura da gestão colaborativa;
● Apostar no uso de tecnologias dentro e fora das salas de aula.
Assim como no caso do desenvolvimento econômico, a educação do Brasil tem um desafio e tanto pela frente! Isso porque, até 2015, somente 59% dos jovens de 19 anos tinham o ensino médio concluído. Além disso, 40% dos adolescentes de 17 anos estavam fora das escolas neste mesmo período, de acordo com um trabalho desenvolvido pelo IBGE.
Com relação ao ranking do PISA, a nação brasileira caiu da 57º posição, em 2012, para a 63º em 2015, indicando uma piora na qualidade da educação dos jovens. Vale lembrar que o PISA é um exame realizado pela OCDE com adolescentes de 15 anos. A prova é aplicada a cada três anos em 70 países.
Leia mais: Customer Centric em empresas do segmento de educação superior
Saúde: o país mais saudável da América Latina?
Por fim, o relatório desenvolvido pela McKinsey & Company acredita que, dentro de alguns anos, o Brasil terá a maior expectativa de vida da América Latina, além da menor taxa de mortalidade infantil. Para isso, têm-se como objetivos os seguintes tópicos:
● Foco na prevenção de doenças;
● Gestão de saúde a partir dos pilares relacionados a economia e a sustentabilidade;
● Acesso de serviço de saúde a todos os brasileiros.
Tais previsões são realizadas com base nas mudanças ocorridas na área da saúde entre 2014 e 2017. Para se ter ideia, neste curto período de tempo houve uma série de retrocessos, como a redução de 20 mil leitos, o aumento de 2% das mortes por causas crônicas e o crescimento de 8% da obesidade, de 7% da hipertensão e de 16% do alcoolismo.
Em contrapartida, como avanços a serem celebrados, têm-se: redução em 8% da taxa de mortalidade infantil, ampliação da expectativa de vida e aumento do número de profissionais da saúde, que passou de 1,7 (mil/habitantes) para 1,9.
Se você chegou até aqui e quer saber um pouco mais sobre o relatório, clique aqui para ter acesso ao documento completo. Depois disso, aproveite para conferir os artigos relacionados às projeções para o Brasil através deste link.
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