Os ataques de ransomware estão crescendo no Brasil e no mundo. De acordo com um relatório recente divulgado pelo SANS Institute, uma organização cooperativa de pesquisa e educação em segurança da informação, o ransomware é a principal preocupação das empresas do setor financeiro. Em seguida aparecem os ataques de phishing.
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O levantamento revela que 55% das empresas citaram o ransomware como principal ameaça, enquanto 50% disseram que os ataques de phishing (que antes ocupavam o primeiro lugar) são preocupantes. Sobre prejuízos financeiros, segundo a pesquisa, mais de 32% dos entrevistados disseram que já perderam de US$ 100 mil a US$ 500 mil com esse tipo de ataque.
Segundo Cleber Marques, diretor comercial da KSecurity, uma empresa brasileira de cibersegurança, esse tipo de ataque, causado por vulnerabilidades associadas ao usuário, estão motivando as empresas a investirem cada vez mais em ferramentas de segurança voltadas para o controle do usuário. “Tanto o ransomware quanto o phishing dependem do usuário, que geralmente clica em links maliciosos que permitem a entrada desse tipo de ameaça na rede”, explica. “Por isso, ferramentas de controle de e-mail e bloqueio de páginas maliciosas, além de treinamentos de conscientização em segurança, estão ganhando investimentos significativos de empresas que querem minimizar as perdas com esses ataques”, completa Marques.
Mas só as medidas de prevenção não são suficientes, segundo o diretor da KSecurity é preciso contar com um plano consistente de resposta para sobreviver a esse tipo de ataque. “No último ano, várias empresas, principalmente pequenas e médias, sofreram com esse tipo de ataque e tiveram de pagar cerca de US$ 3 mil a hackers para terem acesso novamente a seus dados. Se essas organizações tivessem um processo de backup e recuperação de dados, não teriam tido esse prejuízo”, avalia Marques.
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Somente nos Estados Unidos, o US-CERT estima que ocorram mais de 4 mil ataques de ransomware por dia desde o início do ano. Isso representa um aumento de 300% em relação a 2015. No Brasil, os números do ransomware também evoluem e o país ocupa o primeiro lugar dentre os países latino-americanos mais atacados por ransomware, segundo a Kaspersky.
O especialista afirma que os ataques estão ficando cada vez mais destrutivos. Além das variantes de ransomware que destroem dados para pressionar as vítimas a pagar o resgate mais rapidamente, como o Jigsaw, agora existem também malwares que não apenas sequestram dados, mas também tomam o controle da máquina e a usam para espalhar ataques DDoS. ”A preparação é essencial para evitar perdas relativas a esse tipo de ameaça. O backup sempre fez parte das recomendações dos profissionais de TI para qualquer empresa”, comenta Marques. “Agora essa ferramenta é a chave para determinar quem vai sobreviver a esse tipo de ataque e seus prejuízos”, finaliza.