A música do Brasil, e o mercado fonográfico do país, têm ganhado cada vez mais espaço a nível mundial. Prova disso é a lista divulgada pela revista edição americana da revista Rolling Stone com os 50 melhores álbuns de rock latino-americanos desde a década de 1960. Nove deles são de artistas brasileiros. Vale lembrar que, na América Latina, o rock se fundiu com com os estilos locais. Podemos citar o samba. As influências criaram uma diversidade para o formato musical que integrou vários artistas ao formato.
Nas três primeiras posições da lista encontramos Café Tacvba, grupo mexicano, com o álbum “Re”; em segundo,“Bocanada”, disco do músico argentino Gustavo Cerati; e “La Pipa de la Paz”, da banda colombiana Aterciopelados. em terceiro no ranking. Já a quarta posição ficou para o álbum “Clube da Esquina”, de Milton Nascimento e Lô Borges. Além dele, as outras oito produções brasileiras aparecem na lista: Os Mutantes, com o álbum que leva o nome da banda; Karnak, com o disco também homônimo; Roberto Carlos, com “Em Ritmo de Aventura”; o álbum “Tribalistas”, do efêmero trio composto por Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown; Los Hermanos, com o disco “Ventura”; o álbum “Selvagem?”, dos Paralamas do Sucesso; “Fruto Proibido”, de Rita Lee & Tutti Frutti; e “Krig-ha, Bandolo!”, o primeiro disco solo de Raul Seixas.
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À parte de seus artistas conhecidos mundialmente, o Brasil tem visto seu mercado fonográfico crescer, de acordo com um relatório da Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do país. O crescimento apresentado pelo setor brasileiro de música foi considerado acima da média mundial, segundo a IFPI, a Federação Internacional da Indústria Fonográfica.
Quais são os números do mercado da música no Brasil?
Pelo 6° ano consecutivo, o mercado fonográfico brasileiro aumentou a arrecadação. Em 2022, atingiu R$ 2,526 bilhões, o que representa um crescimento de 15,4% em relação a 2021. Os números colocam o país na 9ª posição do ranking mundial do IFPI e estão acima da média mundial. Além disso, a arrecadação com direitos conexos de execução pública para produtores e artistas somou R$ 323 milhões. Ou seja, o mercado atingiu um total de R$ 2,5 bilhões, o que representa quase o dobro do faturamento entre 2019 e 2022.
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E como está o mercado internacional?
O levantamento internacional mostrou que o mercado mundial de música gravada cresceu 9% no ano passado. Segundo o Relatório Global de Música da IFPI, as receitas mundiais da música de 2022 foram de US$ 26,2 bilhões.
O streaming por assinatura paga foi um dos fatores que impulsionou esse crescimento, com um aumento de 10,3%, para US$ 12,7 bilhões. São 589 milhões de usuários de contas de assinatura pagas, ao final de 2022. Quando incluímos a assinatura paga e as opções que contém publicidade, esse crescimento foi de 11,5%, a total de US$ 17,5 bilhões, ou 67,0% do total das receitas globais de música gravada.
Streaming e sua influência nos números
As plataformas de streaming tiveram forte influência no crescimento do mercado em 2022. Elas foram a principal fonte de distribuição de música gravada em áudio e vídeo, e representam a maior fonte de recursos fonográficos. Além disso, representam a principal fonte de receita da indústria fonográfica no Brasil, com 86,2% do total de receitas do ano passado.
Se comparadas as receitas de 2022 com as de 2021, as plataformas digitais tiveram um crescimento de 21,6%, com uma arrecadação de R$ 1,343 milhões. Já as receitas oriundas do streaming remunerado por publicidade chegaram a R$ 447 milhões. As plataformas mais populares no Brasil são Spotify, Deezer, Apple Music, Youtube Music e Amazon Music.
Enquanto isso, ainda em 2022, os vídeos musicais das plataformas de streaming, criados para gerar interação com público, com receita vinda da publicidade, alcançaram um valor de R$ 386,6 milhões.
As receitas de vendas físicas ocupam um percentual pequeno na indústria no Brasil, com apenas 0,5% das receitas. O faturamento anual foi de R$ 11,8 milhões, e os CDs foram o formato mais comercializado em 2022, somando R$ 6,7 milhões. O disco de vinil vem logo atrás, com R$ 4,7 milhões em vendas. Por último, os DVDs, com apenas R$ 400 mil em vendas.
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