A Black Friday, considerada a maior data varejista, se aproxima. Este ano o evento está marcado para o dia 25 de novembro. A expectativa é de que a data aqueça o consumo, apesar dos desafios, como a alta inflação e a estreia do Brasil na Copa do Mundo do Catar, um dia antes.
Prova disso é que, de acordo com estudo da Globo disponibilizado pela Plataforma Gente, cerca de 50% dos consumidores pretendem aproveitar as promoções. Na classe A, esse número é ainda maior: 65% pretendem realizar alguma compra na data.
Ademais, segundo dados da Provu, fintech de meios de pagamento e crédito pessoal, 86,7% dos lojistas vão participar da Black Friday e pretendem incentivar o uso de um meio de pagamento específico. A pesquisa aponta que 51,8% vão priorizar boletos ou Pix parcelado; 23,2%, cartão de crédito parcelado; 7,1%, dinheiro; 7,1%, Pix; boleto à vista (3,6%), carteiras digitais (1,8%), cartão de crédito à vista (1,8%) e cartão de débito (1,8%).
De acordo com o especialista Samuel Ferreira, hoje é essencial que os serviços disponibilizem inúmeras soluções de pagamentos para oferecer uma experiência ao cliente que melhor se adapte às suas necessidades.
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Em um período do varejo, como a Black Friday, desafiador em margem de desconto, valor de frete e segurança, a diversificação dos meios de pagamentos é fundamental para atender um número maior de consumidores. Segundo a pesquisa, 30,8% dos lojistas consideram que este será o maior desafio deste ano.
Para o especialista, em datas como essa é indispensável ter meios de pagamento que mantenham a constância quando há frequência de pico. “É necessário procurar opções que tenham estabilidade durante grandes movimentações de acesso. Muitas pessoas costumam abandonar a compra quando o site demora mais de três segundos para carregar”, afirma o especialista.
Black Friday 2022 e os meios de pagamento
A preferência por meios de pagamento a prazo, que geralmente não trazem taxas para os lojistas e ainda são um atrativo para o consumidor, chama atenção e vai ao encontro da necessidade de uma parcela relevante de brasileiros.
Uma pesquisa anterior da Provu mostrou que 60% dos entrevistados optaram por boleto parcelado (ou crediário digital) por não possuírem cartão ou limite para compras de maior ticket médio.
Tendo em vista que o limite médio do cartão no país é R$ 1400, de acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), e a Black Friday é um momento para adquirir produtos de valor mais alto, é fato que alternativas que permitam parcelar sem cartão são um atrativo no checkout para evitar abandono de carrinho.
O boleto parcelado, também conhecido como Buy Now Pay Later ou Compre Agora, Pague Depois (BNPL), tem as características de um crediário, porém adaptado para o digital, e se consolida cada vez mais no mercado brasileiro.
Em um período do varejo, como a Black Friday, desafiador em diferentes esferas (margem para desconto, valor de frete, segurança, entre outros), diversificar as formas de pagamento a fim de atender um número maior de consumidores é fundamental para o bom faturamento na data.
Quando se trata de soluções já familiares aos brasileiros, como o crediário, e que não trazem custos extras ao lojista ou gestão de inadimplência, adotá-las na preparação da Black Friday é estratégico.
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Em termos de meios de pagamento, ainda segundo dados da pesquisa da Provu, 30,8% dos varejistas informaram que este é o maior desafio da Black Friday deste ano, atrás apenas de marketing e divulgação, selecionado por 43,1%. Lojistas ainda afirmaram que os principais desafios são estratégia de venda (12,3%), precificação (6,2%), estoque (4,6%), experiência do consumidor (1,5%) e tecnologia/sistema antifraude (1,5%).
Essa percepção também pode estar relacionada à edição do ano passado. Quando questionados sobre os aprendizados e desafios da Black Friday 2021, 23,1% responderam a ‘nenhum/não participei da Black Friday em 2021’, no entanto, 21,5% citaram pagamentos, seguido por divulgação (18,5%) e estoque (15,4%).
É tempo de inovar
Faltando menos de dois meses para a Black Friday, esse é o momento principal para definir as estratégias que vão impulsionar as vendas e evitar problemas na jornada do consumidor.
Pensando nisso, Rafael Correa, responsável pela área de BNPL da Provu, reforça que, para 45,5% dos clientes da empresa, o que mais chamou atenção no meio de pagamento foi a facilidade na hora da compra. Logo, ter um bom design de interface, uma jornada simples, site responsivo e botões destacados são algumas dicas que colaboram para que os consumidores efetuem suas compras com sucesso.
O estudo da Globo confirma essa premissa: o e-commerce foi o destaque de 2021, mas, em 2022, a tendência é um consumo omnichannel, com a possibilidade de comprar on-line e retirar na loja. Dentre os drivers de compra que mais se destacam entre os canais de venda, preço é predominante tanto no físico, quanto no digital.
A variação de vendas do comércio também aponta crescimento para o segundo semestre em comparação ao primeiro semestre de 2022, uma vez que, para o levantamento, 56% afirmaram que vão comprar algum produto por conta da Copa do Mundo, sendo os segmentos de moda, eletrônicos, supermercado, bebidas e artigos esportivos os mais impactados.
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Além disso, entre os que pretendem comprar algo em função da Copa, 72% têm a intenção de comprar na Black Friday. Por isso, fica claro que o impacto da Black Friday começa muito antes da sexta-feira.
O levantamento disponibilizado pela Plataforma Gente registrou que, em 2021, as promoções começaram mais cedo, com crescimento nos 11 primeiros dias de novembro (+31%) e nos 7 dias de “esquenta Black Friday”, cujo faturamento alcançou R$ 2,8 bilhões. A quinta-feira representou 25% de tudo o que foi vendido.
Na ocasião, 80% dos consumidores se declararam satisfeitos ou muito satisfeitos com suas compras de Black Friday em 2021. Alguns fatores (frete grátis, descontos acima de 50%, entrega rápida, pagamento flexível e adiantar compras de Natal), inclusive, levaram consumidores a fazer uma compra não planejada.
Outro aspecto importante a ser considerado são os aplicativos, que estão se consolidando como um meio importante para o varejo na Black Friday. Em 2021, na mesma data, as vendas por aplicativo cresceram 55%.
A participação das vendas por meio de apps representou 21% da receita total das vendas on-line. Somente em um dia, foram entregues mais de 10 milhões de notificações push, ainda segundo a pesquisa da Globo.
Unindo isso ao fato de que o Brasil é o segundo mercado de aplicativos que mais cresce no mundo, para a Adjust, é tempo de os lojistas inovarem para consolidarem as vendas no período mais importante do ano para o varejo.
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