Como já era esperado, as vendas online dominaram a Black Friday 2020. Dados da consultoria Ebit|Nielsen mostram que o e-commerce movimentou 3,1 bilhões de reais apenas no dia 27 de novembro, aumento de 24,8% em relação à mesma data do ano passado. Ao todo foram 4,6 milhões de pedidos com ticket médio de 679 reais.
Neste ano, o período conhecido como “esquenta” para a data também foi muito importante para os varejistas. A antecipação de ofertas para atrair os consumidores que se mostraram mais cautelosos e planejadores surtiu efeito. O faturamento das lojas online entre os dias 19 e 27 de novembro cresceu 30% em relação ao mesmo período do ano passado.
“A pandemia fez os consumidores terem um comportamento diferente. As compras ficaram diluídas e o comércio eletrônico soube aproveitar o momento e fisgá-los”, disse Julia Avila, líder da Ebit/Nielsen, em relatório.
Não foi suficiente
Os ótimos números do e-commerce, porém, não foram suficientes para evitar a queda do Varejo total. Com baixa de 25,5% no faturamento do varejo físico, os dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) mostram uma queda de 14,5% no resultado geral da sexta-feira de promoções deste ano em comparação a de 2019.
Segundo o ICVA, as maiores baixas foram verificadas nos segmentos de turismo e transporte (-50,7%), cosméticos e higiene pessoal (-41,4%) e vestuário (-36,7%). Os setores que se destacaram e registraram crescimento foram o de materiais de construção (9,9%), drogarias e farmácias (2,6%) e pet shops (1,7%).
“Desde o início da pandemia as pessoas buscaram o e-commerce para realizar compras. Essa mudança de comportamento se reflete nos resultados da Black Friday, uma data tradicionalmente mais forte nesse canal. Os números das vendas nas lojas físicas apresentaram retração devido ao maior isolamento e a uma possível antecipação das compras ao longo do mês de novembro”, afirma Gabriel Mariotto, superintendente-executivo de Inteligência da Cielo.
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