Em mais uma edição do Big Brother Brasil (BBB) é possível acompanhar todo o buzz que o reality show ainda gera no país, e que resulta em números relevantes. Na estreia da 23ª edição do programa, em 16 de janeiro, por exemplo, os trending topics do Twitter foram dominados por assuntos relacionados ao BBB, com mais de 600 mil menções.
A audiência foi 45% maior do que a média da TV Globo nas quatro semanas anteriores, registrando 22,6 pontos, o que significa que, de todas as televisões ligadas, 43,6% estavam exibindo o BBB23.
Apesar de uma temporada considerada morna, sem favoritos claros e enredos bombásticos, este ano, o BBB 23 também bateu todos os recordes publicitários. Foram 34 marcas confirmadas em patrocínio e cotas de anunciantes foram esgotadas. O sucesso, o buzz e a audiência do programa aquecem o mercado publicitário.
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Eduardo Simon, CEO da GALERIA.ag explica como funciona a participação de três clientes anunciantes no programa. “Nesta edição estamos desenvolvendo as inserções publicitárias dos nossos clientes Doriana, McDonald’s e Seara Gourmet. Para dar conta de acompanhar tudo que acontece na casa, temos um time que monitora o programa 24/7 para colher e analisar insights que são absorvidos dentro das estratégias das marcas de forma estratégica”, pontua Simon.
“Seguimos a linha de apostar na criatividade, para surpreender participantes e a audiência, e no desenvolvimento de ações que conectam o contexto do programa com a essência da marca. Na edição do ano passado, o participante Luciano comentou que queria ficar famoso a ponto de todo mundo desejar tirar foto com ele quando estivesse almoçando em um McDonald ‘s. Logo que ele saiu da casa a equipe da agência o levou para a frente de um McDonald ‘s, produzimos anúncios, vídeos e ele virou celebridade”, relembra.
“Criatividade, contexto e senso de oportunidade são as principais habilidades
para gerar conexão entre uma marca e a audiência do BBB”, Eduardo Simon.Relevância do BBB está na reinvenção
Produzido em mais de 60 países pelo mundo, o Big Brother estreou no Brasil em janeiro de 2002 e, para manter e conquistar mais audiência, o programa tem inovado e atualizado a fórmula da produtora holandesa, Endemol, a qualquer sinal de desgaste. A pergunta que fica é: como explicar a contínua relevância no BBB após mais de duas décadas contínuas de exibição no Brasil?
O reality show está há mais de 20 anos sendo transmitido na televisão aberta de maior audiência no país, segunda maior emissora comercial do mundo. Depois de um período de ‘baixa’ no buzz com o programa, a virada veio com o BBB20.
Ao dividir os participantes em grupos chamados de “pipoca”, composto por pessoas comuns, e “camarote”, composto por personalidades e influenciadores, o BBB resgatou e conquistou novos fãs, que se identificaram com as narrativas que surgiram ao longo do programa, mas também em parte ajudado pelo contexto de pandemia, em que as pessoas ficaram mais em casa.
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Para chamar atenção, além de apostar na criatividade, a marca não pode fugir da sua essência, da sua verdade e da maneira que ela se comunica no dia a dia com o seu público nas diferentes mídias, afirma Simon. “Quando uma marca decide patrocinar o BBB, consequentemente, ela também está decidindo por se tornar uma participante ativa do programa. A marca passa a fazer parte do dia a dia dos brothers e do público fiel do BBB”.
Isso tudo gera uma identificação com a audiência e colabora para que a marca atinja os objetivos de comunicação quando decidiu pelo patrocínio. Mais do que chamar atenção para “virar meme”, por exemplo, a marca precisa se atentar para que suas ações sejam relevantes para o contexto do programa, os participantes e o público.
“Trazendo um exemplo prático de tudo isso, para Doriana, por exemplo, proporcionamos aos participantes do BBB23 um farto café da manhã no último dia 15/Março. Essa iniciativa se mostrou bastante eficiente, gerou conversas entre os participantes e se desdobrou em diálogos e interações importantes com a audiência”, exemplifica o CEO da agência.
Na 20ª edição, o programa registrou em uma disputa de eliminação de participantes a maior votação de um reality show do mundo, que entrou para o Guinness World Record, com mais de 1,5 bilhões de votos.
Essa edição, de Thelminha, Babu e Manu Gavassi foi seguida por outra marcante, protagonizada por Juliette e Gil do Vigor, que trouxeram temas de interesse social e cultural, como questões de gênero, étnico-raciais, classe e xenofobia.
Além disso, os patrocinadores aumentam cada vez mais suas participações em edições dos programas, dando mais fôlego à produção das ações dentro da casa mais vigiada do país. De acordo com dados da TV Globo, o valor da cota mais cara para anunciar o BBB, que em 2019 era R$37 milhões, na edição de 2023 foi vendida por R$105 milhões.
“Definitivamente, os resultados para marcas que patrocinam o programa são relevantes e importantes, o que atrai cada vez mais participação do mercado publicitário”, analisa Eduardo Simon.
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Redes sociais se tornaram segunda tela pro BBB23
Outro aspecto que mantém o BBB em alta é o hábito de utilizar as redes sociais como segunda tela do programa, onde os assuntos que acontecem dentro da casa se desdobram e onde as equipes dos competidores desenvolvem estratégias para capitalizar o sucesso dos participantes do programa. Atualmente, grande parte deles quando são eliminados atuam como criadores de conteúdo nas redes sociais, após aumentarem exponencialmente o número de seguidores.
O sucesso do Big Brother no Brasil é um case que ganha a cada edição novos contornos, e a combinação desses fatores têm despertado o interesse do público e do mercado publicitário, que juntos mantêm a fórmula viva e estimulam a sua contínua atualização e inovação.
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