Todos começamos o ano de 2020 com planos – alguns mirabolantes; outros, nem tanto –, mas imaginamos que chegaríamos ao fim desse período com mais conquistas, experiências, amizades e realizações do que quando ele começou, lá em 1º de janeiro. Mas não foi o que aconteceu.
Desde o início do primeiro mês, já tivemos um prenúncio de que nem tudo poderia ser realizado, devido ao surgimento de um novo vírus, então desconhecido. De fato, fomos obrigados a filtrar nossos sonhos, ambições, desejos e iniciativas, limitando-os aos nossos lares, aos nossos bairros, às nossas cidades ou, quando muito, aos nossos países. A bem da verdade, 2020 foi um ano de escolhas, ponderações, cálculos de prós e contras. Algumas tomadas de decisão foram adiadas; outras, adiantadas. Em muitos aspectos, passamos quase 12 meses com o freio de mão puxado. E agora? Para onde estamos indo e até onde já chegamos?
Queremos nossa vida de volta. Todos aqueles que conheço estão sentindo falta de pelo menos uma diversão – desde um passeio no parque até um concerto em uma casa de shows. A escolha do que fazer (e como fazer) é do consumidor. Mas foi justamente disso que abrimos mão: nossas escolhas.