Na palestra de abertura do último dia do World Retail Congress (WRC), que termina nesta quinta (10/09) em Roma, espaço aberto para falar de inovação. William Wolfram, fundador da plataforma de leilões on-line DealDash e vencedor do prêmio Empreendedor do Ano 2014 na Finlândia, contou a história de sua empresa, que hoje tem 7 milhões de clientes, 92% de consumidores frequentes e tem sido premiada pelo engajamento dos clientes nas redes sociais e pelo uso de gamificação para tornar o processo de compra mais interessante.
Errando muito e acertando um pouco (mas o suficiente para colocá-lo em posição de destaque no mercado mundial), Wolfram identificou quatro tendências que modificarão a maneira como os consumidores comprarão on-line nos próximos anos:
1 ? As interações das empresas em mídias sociais serão decididas por algoritmos
Embora os algoritmos definam o que aparece na timeline dos usuários (no caso do Facebook) ou no resultado de suas buscas (Google), as empresas continuam definindo suas interações com os clientes de forma manual. Dessa forma, ou são criados procedimentos rígidos, ou as decisões sobre como interagir levam tempo. Nenhuma das alternativas é satisfatória em um mundo em alta velocidade. ?No futuro essas ações serão automatizadas. Por que não fazer testes A/B em seus posts em redes sociais, ver o que funciona e então disparar para todos??, pergunta. Para ele, a abordagem dos clientes nas redes sociais mudará muito e será mais personalizada.
2 ? Gamificação impulsionará e-commerce de nicho
Para o executivo, a gamificação permitirá que novos segmentos de e-commerce ganhem corpo, oferecendo sortimento mais restrito e apresentando alta fidelidade dos usuários. ?Empresas de nicho não competem em preço e sim em sortimento. Quem agregar a isso um valor de entretenimento, fazendo o processo de compra ser mais divertido, terá a preferência dos clientes?, explica.
3 ? Da fábrica para o cliente
Modelos de negócios em que a indústria vende diretamente ao consumidor final crescerão mais rápido do que podemos imaginar. ?Os marketplaces oferecem esse acesso irrestrito, com todo o mix de produtos das empresas, sem a necessidade de outros intermediários ou longa cadeia de suprimentos. O varejo tradicional terá que repensar o valor que agrega a seu cliente?, analisa Wolfram.
4 ? Moderação profissional do conteúdo das mídias sociais
Há inúmeros exemplos de marcas que investem em mídia social paga apenas para ver seus anúncios invadidos por comentários críticos ou que anunciam outros produtos. É um desperdício de dinheiro investir para que um concorrente use seu post para promovê-lo. ?Haverá um aumento incrível na moderação desses comentários, que será feita 24/7 e demanda estrutura para ser bem feita. Trata-se, afinal de contas, de um investimento de marketing das empresas que tem que gerar retorno e, por isso, precisa ser gerido de forma profissional?, completa.
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