Em 2018, o faturamento da Poq, uma das líderes mundiais em vendas de aplicativo, cresceu 63% na comparação com o ano anterior. E não é só a adesão a aplicativos que cresce, mas também o tempo total gasto nas plataformas. Um levantamento da App Annie aponta que o tempo dos acessos nos apps cresceu 45% em 2018.
O tempo global gasto dentro dos aplicativos em 2018 chegou a 18 bilhões de horas. Em 2017, o total foi de 15 bilhões de horas e, em 2016, de 12 bilhões de horas. O que revela a manutenção de um crescimento perto da casa dos 50% ano após ano.
Outra pesquisa, esta realizada no Brasil, feia pelo Instituto QualiBest, aponta que o iFood é conhecido por 93% do público no geral. O UberEats é conhecido por 32% dos entrevistados e segundo colocado em relevância no segmento de apps para refeições, segmento do varejo onde são mais usados.
Os grandes varejistas brasileiros estão cada vez mais interessados em desenvolver suas próprias plataformas de aplicativos. O GPA (dono do Extra e do Pão de Açúcar), está criando o seu super aplicativo, que terá várias funcionalidades. Há pouco tempo, o grupo abriu mão da parceria com o Rappi para unir seu serviço de entregas ao James Delivery, startup curitibana que foi adquirida pelo GPA. Além da plataforma de entregas, a varejista vai colocar dentro da sua plataforma o Cheftime, startup de refeição saudável.
Andrew Lipsman, principal analista da eMarketer, ressalta a importância dessas plataformas no estreitamento das relações entre consumidores e empresas. Segundo o especialista, os varejistas “podem fazer isso (esse estreitamento) usando táticas relacionadas ao valor do seu aplicativo (para facilitar a experiência de compra), além de segmentar os clientes por meio de canais relevantes e incentivar diretamente downloads, uso e transações com descontos e promoções atraentes”, avalia.
A Amazon é uma das varejistas com melhor desempenho em aplicativos. A maior parte do envolvimento dos consumidores com a marca ocorre na plataforma: 85% do tempo gasto dos consumidores que acessam o e-commerce da empresa por celular acontece via app, contra 15% da web móvel.
O crescimento do comércio mobile
Uma projeção da eMerketer aponta que, as vendas via m-commerce (por aparelhos móveis) no varejo americano deve chegar a 268,78 bilhões de dólares em 2019, um aumento de quase 30% em relação ao ano anterior. Em 2020, esse número deve aumentar para 338,02 bilhões, o que significa que ao final do ano que vem, quase metade das vendas totais de comércio eletrônico no varejo dos EUA será realizada por aparelhos móveis.
Na comparação com o tráfego de pedestres na loja física, as sessões de compra via smartphones em dispositivos Android cresceram 65% em todo o mundo a partir de 2016, de acordo com o relatório da App Annie. Nos EUA, as sessões de compras para celular cresceram 70% em 2017 na comparação com o ano anterior. A expansão dos aplicativos tem sido fundamental para o aumento do fluxo no e-commerce porque as plataformas favorecem a experiência mais que o e-commerce web. Além disso, os gastos são maiores dentro dessas plataformas.
Se o tempo gastos dentro do e-commerce é um potencial dos apps, o número de acessos ainda é catapultado pela web. Um relatório da Comscore de 2018 apontou que, a média de usuários únicos por mês na Amazon foi de aproximadamente 152 milhões na web. No aplicativo, o número foi de 112 milhões.